Agindo antecipadamente, pessoas da Covilhã e de outras freguesias do concelho, reuniram-se no passado sábado, 22 de Abril, numa manifestação de protesto contra o eventual encerramento do bloco de partos do CHCB, e também no sentido de repudiar o possível fecho de qualquer outro bloco de partos na região.
Convocada pelo presidente da Câmara Municipal da Covilhã, o social-democrata Carlos Pinto, a manifestação, encheu a Praça do Município, onde passou um abaixo-assinado e várias mensagens dirigidas ao Governo.
“Senhor primeiro-ministro esqueceu a sua terra”. “TGV? Aeroporto? Só queremos a maternidade”. Estas foram algumas palavras de descontentamento, ilustradas em cartazes e camisolas, segurados pela população e em especial, por várias mulheres grávidas. Futuras mães que querem ver os seus filhos nascidos na Covilhã.
“Não nasci na Covilhã mas, escolhi esta cidade para viver. Uma cidade com condições de saúde para a minha família, e será com o apoio de todos que a minha filha nascerá na Covilhã”, afirmou Paula Leitão, futura mãe.
Para o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, a única questão que preocupa o governo na questão das maternidades é o orçamento. “É fácil governar assim, mandar que as pessoas se amanhem, porque o que está em vista é o valor económico e não o valor social”, sublinha o edil covilhanense que contou com o apoio da Câmara Municipal do Fundão e da União de Sindicatos da Beira Baixa.
Carlos Pinto acusou ainda José Sócrates de incoerência pelo facto de quando era deputado «defender uma coisa» e agora que é primeiro-ministro «defender outra». O presidente da câmara pediu que o Governo “pare com as loucuras pseudo-modernas, e se preocupe com esta questão de liberdade e cidadania”.
Estiveram presentes na manifestação vários autarcas, nomeadamente da Câmara Municipal do Fundão, das freguesias de Santa Maria e do Paul, que fizeram ouvir também os seus testemunhos a favor da maternidade, não só da Covilhã, mas de outras regiões do País.
Luís Garra, presidente da União de Sindicatos de Castelo Branco explicou a necessidade de se fazer algo antes que o pior suceda, através do velho ditado “Casa roubada trancas à porta”. Por isso, “o povo unido tem que agir com antecipação, e foi isso que todos viemos fazer nesta manifestação. A Covilhã tem e continuará a ter de ter a sua maternidade”. |