Apesar de terem criado diversas ocasiões de golo, os jogadores do Covilhã não conseguiram marcar
Liga de Honra
O cerco aperta-se na serra

A poucas jornadas do final da temporada o Sporting da Covilhã não foi além de mais um empate. A manutenção antevê-se como uma tarefa cada vez mais complicada.


Por Fábio Pereira


Numa altura em que todos os pontos são necessários para garantir a manutenção, o Sporting da Covilhã não foi além de um empate frente ao Gondomar, protagonizando o único nulo da 30ª jornada da Liga de Honra. Um resultado que está longe de mostrar a supremacia evidenciada pela turma de José Dinis, no Complexo Desportivo da Covilhã, naquele que poderá ser apontado como o melhor jogo da segunda volta do Sporting da Covilhã. Um jogo onde a equipa da casa desperdiçou uma mão cheia de oportunidades claras de golo.
Os primeiros minutos foram marcados por um futebol sem objectividade e mal praticado, o que fazia antever uma partida onde futebol não passaria de uma palavra. Mas o que era uma promessa acabou por ser quebrado minutos depois com a primeira jogada de perigo do Sporting da Covilhã. Aos 17 minutos, Vladimir tirou da frente dois adversários e cruzou para a área, onde, Cunha, liberto de marcação, não conseguiu bater António Filipe.
Um lance que apesar de não ter resultado em golo para a equipa serrana, serviu de tónico e abriu as portas do bom futebol que até então nem se pensava poder vir a existir pelos lados do Complexo Desportivo da Covilhã. O Sporting da Covilhã a partir do minuto 17 pegou no jogo perante um ainda candidato à subida à I Liga, o Gondomar, que nos primeiros 45 minutos do encontro não foi capaz de incomodar a defesa dos “Leões da Serra”.
Aos 27 de minutos de jogo a turma serrana, a única equipa que mostrava em campo querer a vitória, numa jogada de contra-ataque por intermédio de Oliveira que com um passe teleguiado colocou a bola nos pés de Pimenta que em posição privilegiada atirou por cima da baliza. Até ao fim da primeira parte a tendência atacante do Sporting da Covilhã manteve-se apesar de infrutífera.
O jogo recomeçou sem qualquer alteração nas equipas, com um Sporting da Covilhã a entrar dominador e determinado a conseguir os três pontos, que afastariam o fantasma da despromoção que continua a perseguir os serranos. José Dinis consciente da importância neste jogo contra o Gondomar fez entrar de uma assentada Cordeiro para o lugar de Piguita e Paulo Campos para a posição de Milton. O Covilhã era então uma equipa cada vez mais balanceada para o ataque com a equipa a mostrar mais raça e vontade de virar o marcador a seu favor. Só que nem sempre, agressividade é sinónimo de bom futebol, e no ataque covilhanense faltava discernimento para concretizar as oportunidades perdidas.
O Gondomar que deste o início da partida mostrou-se uma equipa apática, à passagem do minuto 67 mudou o rumo dos acontecimentos com Fernando Aguiar a obrigar Serrão a uma defesa apertada. Para esta nova atitude da equipa vinda da cidade de Gondomar contribuiu a entrada do avançado Fumo que veio trazer um novo pulmão ao ataque nortenho que até então não passava de uma miragem.
O Sporting da Covilhã com esta subida de rendimento do Gondomar começou a cometer erro atrás de erro, e proporcionou a Fumo a melhor oportunidade do encontro, quando este rematou de primeira à baliza de Serrão com a bola a bater na barra.
Só que o jogo não terminou sem que a turma serrana prosseguisse o festival de golos falhados. Desta feita, foi Tarantini que não deu o melhor seguimento a um canto, quando estava livre de marcação no interior da pequena área, cabeceando por cima da barra da baliza de António Filipe.
Numa tarde onde só a chuva marcou presença o Sporting da Covilhã só se pode queixar de si próprio no empate conseguida frente ao Gondomar. Uma equipa que falha tantas oportunidades de golo numa partida em que se via obrigada a ganhar, não pode esperar milagres no que conta a permanência na Liga de Honra.