A manifestação de 22 de Abril próximo vai contra o encerramento do bloco de partos da Covilhã

Câmara promove manifestação Covilhã não quer ficar sem maternidade Está marcada, para o próximo dia 22, uma manifestação em frente ao edifício da câmara. Carlos Pinto espera chamar a população do concelho da Covilhã para a problemática das maternidades. Os socialistas dizem não alinhar em “cenários”. Por Eduardo Alves

A decisão foi tomada sexta-feira, 7 de Abril, na mais recente reunião do executivo camarário. Os eleitos sociais-democratas vão promover uma manifestação contra as intenções do governo em encerrar um bloco de partos na Beira interior. Como prova desta intenção, Carlos Pinto baseia-se num despacho que Correia de Campos, ministro da Saúde, fez publicar no Diário da República. Uma deliberação que pretende “encerrar um dos três blocos de parto dos hospitais da Guarda, Covilhã ou Castelo Branco”. Ainda segundo este despacho, a decisão deve caber aos administradores do futuro “Centro Hospitalar da Beira Interior”, entidade que junta os três hospitais. Pinto mostra-se “completamente contrário a estas medidas”. O autarca covilhanense espera agora que “os covilhanense e as forças vivas do concelho estejam neste protesto”. Quem não vai marcar presença na acção são os vereadores socialistas que se mostraram contrários a esta iniciativa. Miguel Nascimento absteve-se na aprovação deste protesto e Serra dos Reis votou contra. Segundo os eleitos, “está a falar-se de um cenário provável”. Nas palavras dos socialistas “ainda nada foi decidido neste sentido e nenhuma futura conclusão aponta para o encerramento do bloco de partos da Covilhã”. Serra dos Reis vai mais longe e sublinha que será o primeiro a encabeçar uma luta contra o encerramento do bloco de partos “quando isso for verdade”. No caso em concreto “os eleitos socialistas não se manifestam em possíveis cenários”. Os dois representantes do PS chegam mesmo a dizer que, segundo informações vindas de Lisboa “a Covilhã não vai perder o seu bloco de partos”. Nascimento mostra-se ainda surpreso com a atitude do executivo social-democrata. Isto porque “quando o governo era PSD também houve intenção de encerrar os blocos de parto, a Câmara da Covilhã nada disse”, numa altura em que o governo é socialista “tocam-se os sinos a rebate”, refere o vereador.