Dia Mundial da Saúde
Comunistas manifestam-se
contra políticas de saúde

O PCP da Covilhã aproveitou as comemorações do Dia Mundial da Saúde, no passado dia 7 de Abril, para manifestar o seu descontentamento “perante as medidas de desresponsabilização do Estado”, no que diz respeito á saúde. O fecho de maternidades também não foi esquecido.


Por Eduardo Alves

Jorge Fael mostrou o descontentamento do PCP perante o aumento das taxas moderadoras

Foi mesmo em frente o Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) que Jorge Fael, membro do PCP da Covilhã abriu o boletim clínico “das mais recentes medidas políticas do PS”. O “relatório” apresentado pelo deputado municipal dá conta “da transformação da área da saúde, num negócio, com evidentes prejuízos para os utentes”.
Esta acção dos representantes do PCP surge numa altura em que “o PS avança com um aumento das taxas moderadoras, que nas urgências hospitalares, atinge os 23 por cento”. Uma medida que Fael aponta como sendo “uma autêntica multa para quem está doente”. Para além de “evidenciar uma tentativa de privatização da saúde”.
Outra das temáticas que os comunistas não deixam passar em claro “é a brutal redução dos serviços de prestação de cuidados”. Neste tema, “a região muito tem a dizer”. Fael lembra a pretensão do governo socialista “em encerrar um bloco de partos na Beira Interior”. O deputado municipal adianta que “o que se vê não são mais unidades de saúde e mais próximas, mas menos unidades e mais concentradas, seja nos atendimentos urgentes, seja em extensões ou na questão das maternidades”.
Foi precisamente neste ponto que o representante do PCP sublinhou a importância de se criarem mais condições para os blocos de parto que existam na região, “em vez de os encerrar”. Fael pediu também melhores formas de chegar às unidades de saúde. Sobre os relatórios que o governo tem trazido a público para justificar o encerramento dos blocos de parto, o deputado municipal refere que “isso faz lembrar os estudos que se encomendam para justificar o resultado previamente encomendado”.