A abertura de fronteiras, neste sector, veio acabar com milhares de postos de trabalho
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Liberalização dos têxteis
Processo acabou com 15 mil empregos
A concorrência vinda da China e Índia está a fazer estragos nos têxteis portugueses. Ao todo, em apenas de um ano de mercado livre, 15 mil pessoas perderam o seu emprego no sector.
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NC / Urbi et Orbi
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Em apenas um ano desde que, a nível mundial, se implementou a liberalização do comércio, a Indústria Têxtil e do Vestuário portuguesa já viu desaparecer 15 mil postos de trabalho, o que vem confirmar os maiores receios das entidades ligadas ao sector que, durante algum tempo, alertaram para a ameaça que poderia vir da China e da Índia, entre outros, onde a mão-de-obra, muitas vezes escrava, torna os custos de produção bem mais baixos. Uma forte concorrência para a economia nacional na qual os têxteis ainda têm um peso preponderante.
Segundos dados provisórios do Observatório Têxtil do Cenestap, de 211568 mil trabalhadores afectos a esta indústria, em 2004, o sector passou para os 196 171 mil em 2005. Ou seja, perderam-se cerca de mil e 200 empregos por mês e mais de 40 por dia.
Para Paulo Nunes de Almeida, presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, a evolução do desemprego está dentro daquilo que se esperava e de acordo com a média de diminuição de emprego que se tem registado nos últimos anos. Quanto aos factores, diz, são de vária ordem, desde o aumento de empresas de capital estrangeiro que deslocalizaram a produção para países de mão-de-obra mais barata, o que potenciou o desaparecimento de postos de trabalho.
As estimativas do Cenestap apontam ainda para uma redução de 19 por cento no número de postos de trabalho entre 2002 e 2005. Ou seja, nestes três anos perderam-se 46 mil empregos no sector.
Cinco mil postos de trabalho perdidos na região
A Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios, no ano passado, já se mostrara preocupada com a concorrência vinda de países de Leste, bem como da Ásia, tendo mesmo pedido medidas de protecção aos têxteis portugueses, que já não passavam por momentos muitos famosos.
Segundo a União dos Sindicatos do distrito de Castelo Branco, entre 2001 e 2004, na região, havia 10 mil desempregados e nesse período cerca de cinco mil empregos teriam desaparecido, em especial no sector têxtil. Nos lanifícios e confecções havia cerca de 30 empresas, no distrito, que ou tinham desaparecido ou estavam paralisadas. |
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