A escola espera pela construção do pavilhão há quase duas décadas
Tortosendo
Ministério da Educação diz que
escola não necessita de gimnodesportivo


É uma reivindicação que já tem algum tempo no Tortosendo. A escola quer um pavilhão para exercer as suas actividades educativas. Mas a Direcção Regional de Educação do Centro diz que não é necessário, aconselhando a instituição a usar o recinto do Unidos do Tortosendo.


NC / Urbi et Orbi


“O pavilhão, a nosso ver, e salvo o devido respeito pela direcção da escola, não se justifica no Tortosendo porque há lá um pavilhão belíssimo, em frente à escola, que preenche todos os requisitos necessários para os alunos lá fazerem as suas actividades.” É esta a resposta do Director Regional de Educação do Centro, José Manuel Silva, sobre a reivindicação que há muito a Escola Básica do Tortosendo vem exercendo. A construção de um pavilhão gimnodesportivo que sirva a instituição.
Esta obra esteve inscrita no Plano de Investimento Despesa e Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) de 2005 mas não entrou no plano de 2006. Por isso a Assembleia do Agrupamento de Escolas do Tortosendo, em comunicado, chegou a apelar a “toda a comunidade educativa, aos órgãos autárquicos e às demais entidades competentes para que lutem em conjunto” pela infra-estrutura.
No documento, enviado à comunicação social, os responsáveis lamentavam que o concurso para a construção da obra tivesse sido anulado. E comparavam a sua situação com a da Escola Serra da Gardunha, no Fundão, que teve um desfecho diferente devido à “pressão exercida pela autarquia fundanense”, que fez com que o projecto prosseguisse.
A escola explicava que os alunos, até Dezembro de 2001, usavam o pavilhão do Unidos do Tortosendo e a escola pagava do seu orçamento pela utilização um valor mensal de mil e 400 euros. Mas sublinhava que o protocolo foi suspenso devido à falta de condições da estrutura, que chegou a originar alguns acidentes.
O pavilhão do Unidos foi entretanto remodelado, mas a escola diz que a solução não passa por retomar o protocolo. Porque teriam de pagar uma importância diária de 80 euros, e a instituição entende que “o orçamento da escola tem de servir apenas para a formação escolar, cultural e desportiva de qualidade”. Para além disso os responsáveis pelo estabelecimento de ensino frisam que o facto de as instalações do Unidos serem fora do recinto escolar e ser necessário e seu acesso por via pública, isso põe em causa a segurança e o sistema de protecção dos alunos.
Opinião diferente terá José Manuel Silva, que vê no pavilhão do Unidos a solução para o retomar das actividades educativas da escola e que já deu luz verde para que isso acontecesse. “O que aconteceu no Tortosendo foi, infelizmente, o facto de por burocracias várias, o pavilhão não estar disponível. Mas assinei um despacho na semana passada autorizando o início das actividades lectivas” afirma o Director Regional de Educação do Centro.