A modalidade está em voga e há cada vez mais associações e clubes a promover competições em torno do Futsal. Olhar de forma crítica para as técnicas e as regras que são utilizadas nesta prática desportiva foi um dos objectivos da tese de mestrado em Desporto apresentada por Bruno Filipe Rama Travassos.
Um estudo que dá pelo nome de “FUTSAL – estudo de uma actividade de desportos colectivos – uma sistematização tendo em vista as necessidades do treino e da macro-gestão” e surge no âmbito “do paradigma da motricidade humana”, adianta o autor da tese. Explicar e procurar a compreensão do que é a actividade de Futsal inserida no modelo de desportos colectivos foi também uma meta que este estudioso se propôs alcançar. O modelo referido está baseado “numa perspectiva de operacionalização da sistemática das actividades desportivas”, acrescenta Bruno Travassos.
Para a sua dissertação, o autor baseou-se fundamentalmente “no modelo de desportos colectivos de Fernando de Almada”. A novidade deste estudo reside “numa sistematização do conhecimento já existente” para além de tentar organizar “as variáveis e os indicadores nos quais se pode basear uma futura intervenção e operacionalização de métodos de treino”, sublinha Travassos.
No que respeita à prática do Futsal, propriamente dita, o autor da tese salienta o facto de, neste momento, ser algo complicado “falar no Futsal em si, isto porque algumas coisas falham por parte dos técnicos, visto que existem regras que não permitem um diálogo tão grande entre as universidade e as federações”. Muitas das inovações conseguidas pelos estudiosos e investigadores da área, não são, posteriormente postas em prática. Ao que acresce alguma falta de precisão no treino dos atletas e no cumprimento das regras. Para Bruno Travassos “falta uma verdadeira ligação entre o conhecimento teórico e a prática”. “Assim como as federações e as associações devem pegar nestes conhecimentos que estão a ser alcançados por parte dos investigadores e das Universidades e os implementem nas competições”, remata o autor deste estudo. César José Duarte Peixoto, professor catedrático da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa e Fernando Franco de Almada, professor associado da UBI foram os elementos do júri que aprovaram esta dissertação com a nota de Muito Bom. |