Um dos principais entraves entre o conhecimento científico, os projectos de inovação e os estudos que eram realizados nas universidades “verificava-se ao nível da ligação entre a teoria e a prática”, explica Mário Raposo, vice-reitor da UBI. Este responsável pela ligação entre a UBI e o meio envolvente adianta também que o novo organismo instalado na UBI “vai ter como função primordial criar pontes entre as pesquisas e o conhecimento científico criado na Universidade e as empresas que necessitem deste tipo de investigações”.
A UBIACTIVA é uma Oficina para a Transferência de inovação e Conhecimento que está a funcionar desde o passado dia 13 de Fevereiro no edifício do Centro de Estudos de Desenvolvimento Regional (CEDR), junto à Reitoria e que surge enquadrada no âmbito do contrato-programa com a ADI, apoiada por fundos comunitários. Mário Raposo diz também que esta estrutura está pensada “para a promoção e para o enriquecimento científico da universidade”. Desta forma, os responsáveis esperam que esta estrutura se torne “um interface entre a UBI e o tecido empresarial e institucional, promovendo e gerindo as relações entre a universidade as empresas”.
Desta forma, “a UBI ganha uma ferramenta que lhe vai permitir potenciar a exploração dos resultados das investigações e estimular as ligações com o mundo empresarial”, realça o vice-reitor. Esta oficina vai apoiar de perto os projectos que estejam a decorrer na universidade e que necessitem da ajuda de empresas ou que estejam pensados para o mercado. Quer no processo de experimentação, quer até na recolha de fundos e ajudas para a própria investigação, “este organismo passa a tratar de todas estas questões”.

O realce dado a esta nova estrutura passa também “pela inovação tecnológica”. Para Mário Raposo, “A UBIACTIVA vai potenciar a exploração das tecnologias existentes na UBI”. As empresas da região têm agora um local “onde podem conhecer todas as capacidades da instituição e procurar soluções à sua medida”. Isto porque, o futuro da UBI “passa, não só por ensinar e investigar, mas também por apoiar as empresas e o meio envolvente”, remata o vice-reitor. Esta medida surge numa altura “em que o próprio Governo considera prioritária a criação deste tipo de espaços”. Isto porque, no entender de Mário Raposo, “estas oficinas vão ajudar, e muito, a que as investigações e todo o conhecimento que é produzido nas universidades seja depois passado à prática e implementado no mercado e nas empresas”.
Com esta nova oficina, “potencia-se também a participação da UBI em programas europeus”. Isto porque, a estrutura que funciona agora sob a tutela da reitoria “vai estar atenta a todos os possíveis meios de ajuda e incentivo à investigação”.
A UBIACTIVA está em funcionamento directo com o Gabinete de Apoio à Propriedade Industrial (GAPI). Esta ligação deve-se ao facto de ambos apresentarem nas suas estratégias “uma aproximação à propriedade intelectual e industrial”, para além de servirem como mediadores entre as empresas e os centros de investigação. Para além da Covilhã, este tipo de organismo vai também funcionar em mais 15 locais espalhado pelo território nacional. Universidades, parques de ciência e tecnologia e outras estruturas similares vão agora servir de base a esta oficinas de inovação e conhecimento.