Cova da Beira
Acidentes de trabalho aumentam em 2005

Em 2005 foram 27, os acidentes de trabalho registados pela Inspecção-Geral. No ano anterior tinham sido seis. Um aumento considerável para o qual muito contribuiu um sector: a construção civil.


NC / Urbi et Orbi

No passado ano registou-se um acréscimo de acidentes de trabalho

Uma subida brutal, de 350 por cento. Foi esta a marca registada pela delegação da Inspecção-Geral do Trabalho da Covilhã, em 2005, no que diz respeito aos acidentes de trabalho na Cova da Beira.
Na área de influência desta delegação (Covilhã, Belmonte, Fundão e Penamacor), registaram-se, no ano passado, 27 acidentes de trabalho, quando em 2004 apenas tinham sido detectados seis. Em 2005, dos 27 acidentes registados, quatro deles foram mortais, no sector da construção civil, agricultura e minas, 14 foram graves e nove não tiveram gravidade. Todos estes acidentes registaram-se nos sectores da construção civil, cimentos, confecções, fabricação de móveis, instalações eléctricas, hotelaria, limpezas, agricultura, minas e madeiras.
O primeiro acidente mortal registou-se no mês de Fevereiro, com um operário da construção civil, com 33 anos. Depois, em Junho, foi a vez de um agricultor, 50 anos, falecer. Em Outubro, foi a vez de um mineiro falecer na Panasqueira. Tinha 37 anos. A quarta vítima mortal foi outro operário da construção civil, 30 anos, que faleceu em Dezembro.

Construção civil a liderar

De todos os sectores de actividade do distrito, é na construção civil é que se registam mais acidentes de trabalho. Entre o total de acidentes registados na Cova da Beira (27), mais de 50 por cento (16) foram neste sector. O acidentado mais novo tinha 29 anos, o mais velho 74.
Porém, em 2004, em só se registaram seis acidentes de trabalho, apenas dois ocorreram na construção civil, sendo graves. A única morte, nesse ano, foi no sector do vestuário.
Em 2003 também só houve conhecimento de seis acidentes, um deles mortal para um trabalhador dos CTT e outro para um empregado da construção civil.
Já em 2002, foram 12 os acidentes, nove deles na construção civil, em que morreram três pessoas. Depois, houve dois na agricultura, ambos mortais e um na serralharia.
Em 2001, cinco acidentes, sendo três deles mortais. E em 2000, apenas dois acidentes, um grave, na construção civil, e um mortal, na panificação. Ou seja, com estes dados pode-se concluir que em cinco anos, nestas quatro concelhos, houve 58 acidentes de trabalho, sendo 16 deles mortais. E destes, sete foram na construção civil, três na agricultura e dois na indústria mineira.