UBI entra em Bolonha
Novas regras já no próximo ano

Estão aprovados os diplomas que concretizam a reforma do Ensino Superior. No próximo ano lectivo, a UBI será uma das universidades portuguesas a adoptar as novas directrizes.


Por Eduardo Alves

A UBI vai avançar com o Processo de Bolonha já no próximo ano

Todas as licenciaturas ministradas na UBI vão começar a obedecer às regras do Processo de Bolonha já a partir do próximo ano lectivo. A instituição de Ensino Superior, com sede na Covilhã, é uma das mais avançadas no processo de reconversão dos cursos, a nível nacional. Com a aprovação, no passado dia 9 de Fevereiro, dos diplomas que concretizam a reforma do Ensino Superior, a UBI pode agora avançar com as novas medidas. O Conselho de Ministros aprovou uma série de diplomas que regulamentam as matérias a alterar.
Uma das mais visíveis mudanças a este nível reside no facto das licenciaturas passarem a ter apenas três anos. Durante este período, todos os estudantes têm de completar um número definido de unidades de crédito ECTS. Este tipo de crédito serve de padrão em todas as instituições de ensino superior da Europa. Daí que todos os alunos possam movimentar-se, dentro da sua área científica, um pouco por todo o território europeu.
A partir do próximo ano, os alunos que queiram completar a sua formação em termos de mestrado podem, depois de conseguida a licenciatura, estudar durante mais dois anos e obter um grau de mestre. Durante cada ano de estudo, os alunos vão ter mil e 600 horas de trabalho num sistema que “substitui um ensino essencialmente baseado na transmissão de conhecimentos por um ensino baseado no trabalho dos alunos e na efectiva aquisição de competências”, diz o despacho do Conselho de Ministros. Trabalhos extra aulas, horas de estudo e pesquisa para as diversas cadeiras vão também ser levados em conta na avaliação final do aluno. A estas medidas juntam-se a participação nas aulas e os trabalhos desenvolvidos no âmbito das várias disciplinas. A UBI, que ao longo dos últimos tempos tem vindo a preparar todo o processo de transição, “nomeadamente ao nível do calendário escolar e dos créditos ECTS, vai avançar já com estas medidas no próximo ano”, sublinha o vice-reitor João Queiroz. Este responsável lembra que a instituição covilhanense “é uma das poucas, a nível nacional a avançar já com estas novas regras”.
Para além destas novidades, o novo sistema de ensino “define os objectivos de cada ciclo de estudos através das competências a adquirir e clarifica a diferença de objectivos entre ensino politécnico e o universitário”, refere ainda o mesmo documento. Um outro despacho regulamenta também as provas para avaliar a capacidade de frequência no Ensino Superior por maiores de 23 anos não habilitados com um curso secundário, substituindo assim o exame ad hoc.

Consulte aqui:

Anteprojecto de Decreto-Lei que regula o regime jurídico dos cursos de especialização tecnológica

Anteprojecto de Decreto-Lei do regime especial de acesso ao superior para maiores de 23 anos

Anteprojecto de Decreto-Lei dos graus e diplomas de Ensino Superior