Os cursos de informática têm agora nova certificação
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Validação de competências
Certificado Europeu de Conhecimentos Informáticos no CILAN
Validar as competências em informática na óptica do utilizador. É este o objectivo da Carta Europeia de Condução em Informática, um certificado reconhecido internacionalmente que pretende aumentar a rentabilização e competitividade das empresas. Agora, também a Covilhã acolhe este programa, por intermédio do CILAN.
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Filipa Minhós
NC / Urbi et Orbi
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Já não é uma novidade em Portugal, muito menos nos restantes países da Europa. A Carta Europeia de Condução em Informática (ECDL) começa, no entanto, só agora a chegar à Beira Interior, mais precisamente à cidade serrana, pela mão do Centro de Formação Profissional para a Indústria de Lanifícios (CILAN). As inscrições para frequentar os módulos que dão acesso ao certificado começam em finais deste mês, inícios de Fevereiro.
A Carta Europeia de Condução em Informática é um reconhecimento e uma validação de conhecimentos e competências em informática na óptica do utilizador de todas as pessoas que se encontram no mercado do trabalho. Para Maria João Garrett, directora do CILAN, este certificado reconhecido a nível europeu “é uma mais-valia tanto para as empresas, como para os próprios trabalhadores”. “Quantas vezes, as pessoas enviam os seus currículos a dizer que possuem conhecimentos de certos programas informáticos na óptica do utilizador e depois de conseguirem o emprego andam sempre a chamar os colegas para resolver problemas básicos informáticos?”, questiona.
De acordo com dados fornecidos pelo organismo, por cada 10 empregados de uma empresa em Portugal são gastos 32 mil 640 euros por ano relacionados com perda de tempo na resolução de problemas das novas tecnologias de informação. “É com o objectivo de aumentar a rentabilização, produtividade e competitividade do meio empresarial covilhanense que o CILAN está a fazer esta aposta”, sublinha Maria João Garrett, acrescentando que “cada vez mais este documento vai ser um requisito indispensável para a progressão na carreira e por qualquer empresa na aceitação de novos candidatos”.
O Sistema ECDL é composto por um módulo teórico e seis módulos práticos: Introdução à Informática, Utilização do Computador e Gestão de Ficheiros, Processamento de Texto, Folhas de Cálculo, Bases de Dados, Apresentações, e Internet e Correio Electrónico, cujas aulas vão funcionar no edifício CILAN. No fim de cada módulo, o candidato propõe-se a um exame, em função das suas prioridades e conveniências, com 36 perguntas e tempo máximo de 30 minutos, todo ele realizado directamente no computador, e desde logo saberá o seu resultado. Em caso de aprovação (a nota mínima é de 75 por cento), o CILAN registará essa informação num Cartão de Registo de Competências em Informática (CRCI), uma espécie de passaporte do candidato, autenticando-o. Para que a Carta Europeia de Condução em Informática possa ser emitida, o candidato tem de completar no mínimo quatro módulos, sendo que o CRCI é válido por três anos, a contar da data de realização do primeiro exame. Uma das grandes vantagens é que o candidato pode começar a ECDL em Portugal e terminar noutro país ou fazer exactamente o contrário.
Cada candidato tem de pagar 60 euros pelo passaporte e mais 10 euros por cada exame realizado. Maria João Garrett fez saber que os formandos do CILAN na área da informática vão ter direito à Carta Europeia gratuitamente.
A ECDL surgiu em 1997, com sede em Dublin, na Irlanda, e encontra-se implantada actualmente em 166 países dos cinco continentes. Tornou-se num padrão internacional de literacia informática, contando actualmente com cerca de cinco milhões e meio de pessoas já certificadas ou em processo de certificação. Em Portugal, a Carta Europeia de Condução em Informática é já apoiada por várias Câmaras Municipais, pelos Ministérios das Finanças, dos Negócios Estrangeiros, do Trabalho, da Economia e da Defesa, por universidades e politécnicos, entre outras entidades nacionais. |
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