A UBI revela-se uma das primeiras universidades portuguesas a adoptar o processo de Bolonha
Reunião de Senado
UBI a caminho de Bolonha

"A UBI tem condições para avançar com o Processo de Bolonha já no próximo ano lectivo", diz Santos Silva, reitor da instituição.


Por Eduardo Alves


Uma das principais medidas a sair da última reunião de Senado, realizada na passada quinta-feira, 26, pretende tornar a UBI numa das primeiras instituições portuguesas a aderir a Bolonha. Manuel Santos Silva, o responsável máximo pela instituição, solicitou a todos os responsáveis pelas Unidades Científico-Pedagógicas que em conjunto com os docentes da UBI, encontrassem as melhores soluções para as diferentes licenciaturas ministradas na Covilhã, no que respeita à aplicação dos novos planos curriculares.
Na prática, os actuais cursos de quatro ou cinco anos vão passar a ser feitos em apenas três, existindo depois mais dois anos opcionais para a obtenção de um grau de mestrado. Este tipo de medida pode também ser aplicada em licenciaturas de quatro anos, mais um ano para a referida especialização. Mudanças previstas no Processo de Bolonha que começam agora a ser implementadas na Covilhã. Os docentes vão agora estudar as soluções possíveis e em conjunto com a instituição levar estas alterações até à Direcção Geral do Ensino Superior, o organismo que está encarregue de supervisionar todo o processo.
Segundo Santos Silva, “a UBI está, neste momento, depois de todo um trabalho prévio, capaz de adaptar as suas licenciaturas ao European Credits Transfres System, ECTS e a Bolonha”. Este sistema de avaliação prevê que docentes e alunos “apresentem diversas formas de trabalho e avaliação”. Como tal, o ano lectivo compreende 1600 horas de trabalho, divididas em horas de aulas, trabalhos e actividades extra-curriculares. Para além desta mudança também o facto de um estudante de uma universidade europeia poder estudar em várias instituições de ensino do Velho Continente, durante a sua licenciatura, sem que isso implique alteração de currículos. Todas estas mudanças estão agora pendentes “da aprovação de leis da autoria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior”, sublinha o reitor.

Aprovado relatório de actividades

Nesta mesma reunião foi também aprovado o Relatório de Actividades para 2006 quer da UBI, quer dos Serviços de Acção Social ligados à instituição. Um documento que apresenta as linhas mesmas das acções que vão decorrer durante o próximo ano no seio da universidade.
O maior destaque vai paras as intervenções previstas para o edifício do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional (CEDR). Esta estrutura, a funcionar junto à reitoria, vai agora ser ampliada a contar com maiores instalações, quer para serviços da própria reitoria, quer para actividades do CEDR. Neste campo, destaque também para as intervenções no pólo do Ernesto Cruz, com a de um estúdio pensado para a licenciatura de Cinema. Obras que estão previstas para arrancarem dentro em breve. Também o edifício da antiga empresa têxtil “José Paulo de Oliveira Júnior”, onde funcionou o Arquivo Histórico dos Lanifícios está já a ser preparado para receber as actividades relacionadas com o curso de Arquitectura. O primeiro andar do edifício vai receber vários estúdios e ateliers para docentes e alunos.


Mais informações:

Anteprojecto de Decreto-Lei

Decreto-Lei n.º 42/2005

Despacho DGES

Lei n.º 49/2005

Deliberação do Senado da UBI 4/2006