São 30 anos de Ensino Superior numa das regiões mais desfavorecidas de Portugal. O ano que agora acabou fica marcado pelo assinalar desta data e também pelas primeiras conclusões de alguns estudos sobre o impacto da Universidade na Cova da Beira e na própria região. A UBI é hoje um dos principais motores desta área geográfica com importantes papéis em diversos sectores cruciais da sociedade, referem as pesquisas. Mesmo assim, este ano não foi de melhorias no respeitante a financiamento destas instituições com os programas de apoio do Governo a apresentarem diversos cortes orçamentais para esta área.
Muitos têm referido que 2005 foi conturbado. O ano começou com uma crise política no executivo governamental, que só teve fim a 20 de Fevereiro com a eleição do covilhanense José Sócrates para chefe do Governo.
No campo da política este acontecimento fica demarcado pela conquista maioritária deste lugar de destaque. Para a Covilhã, também uma vitória assinalada de forma especial, uma vez de tratar-se de um filho da terra.
Um facto que parece não ter ainda levado Sócrates a voltar à sua terra natal. Desde que está na chefia do Governo, muitos têm sido os convites para o líder socialista visitar a “cidade neve”, mas até agora ainda nenhum obteve resposta positiva.
Com as eleições surgiram também propostas e novos desafios para o País e para a Beira Interior. Nos primeiros meses, Sócrates esteve na região para anunciar a electrificação total da linha da Beira Baixa, o que depois não se veio a realizar.
Mas no que toca a eleições, o ano fica também marcado pela escolha de presidentes de junta de freguesia e de câmaras municipais. Nas autárquicas de Outubro passado, a surpresa não foi grande. Com os socialistas instalados no Governo, o maior partido da oposição, PSD, veio a manter a grande parte das autarquias, a nível nacional.
Covilhã e Fundão são exemplos de bastiões laranjas na região, agora ameaçados por Castelo Branco, Penamacor, Guarda e Belmonte.
Mudam-se os políticos, ficam as mesmas culturas. Muitos dos eventos de cariz cultural voltaram a subir aos palcos, a invadir as praças e os auditórios, e chamar pessoas. Mesmo assim, os promotores dos eventos continuam a reivindicar mais ajudas do Estado e diferentes apoios por parte dos organismos públicos. Um ano bom no que respeita a festivais de teatro, como o da Covilhã e da Quarta Parede, mas também na realização de feiras e mostras, sobretudo, na época de Verão.
De sublinhar neste campo, o papel activo do Teatr’UBI. Um dos grupos de teatro universitário mais antigos do País teve em 2005 um ano de fortes influências. Responsáveis deste organismo e serem convidados para participações em colóquios e festivais no estrangeiro e dentro de portas, a criação de parcerias com outras entidades. Já na recta final, o Teatr’UBI começou também a preparar uma nova peça que apresenta no início de 2006.
E se 2005 foi bom no campo cultural, no que respeita aos estudantes do Superior, na área desportiva o saldo ganha ainda contorno mais elevados. A marcar o ano, sem sombra de dúvida, a conquista do campeonato nacional de Futsal. Outro dos eventos marcantes para este ano prende-se também com a formação do Clube de Rugby da UBI que participou já em várias provas com bons resultados. |