As propostas de marcas regionais parecem não resultar

Publicitar a Beira Interior
Marcas regionais dividem entidades

A polémica parece estar instalada no que se prende com a publicitação dos produtos regionais. Governo Civil e organismos locais não se entendem.


NC / Urbi et Orbi

Quando, no ano passado, a direcção da Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL) apresentou o logótipo da marca “Montneve", que serviria de identificador comum para os produtos do concelho da Covilhã, muitos pensaram que, finalmente, a região iria ter uma marca comum que fosse vendida e divulgada no País, bem como fora dele. Só que, por falta de apoios financeiros, o projecto não vingou e voltou-se à estaca zero. Para agravar a situação, parece que no distrito as entidades locais não se entendem no que toca às marcas.
Ainda este mês, em entrevista ao Notícias da Covilhã, o presidente da Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE), Jorge Patrão, dizia que o que competia a este organismo era “promover a marca Serra da Estrela e o investimento.” O líder da RTSE falava também num caso que “tem produzido conflitos nos últimos dois, três anos” e que era “a tentativa de absorção da marca Serra da Estrela. Da sua transformação num mero recurso de uma coisa mais vasta chamada Beiras, Lusitânia ou Região centro”. Algo com o qual Patrão não concordava pois ”ou vemos a Serra como uma marca ou seremos diluídos numa política de uma macro região que não existe em termos de turismo”.
Na passada semana, a Governador Civil do distrito, Alzira Serrasqueiro, em entrevista à RCB, abordou de novo este assunto, mas com opinião diferente. Segundo esta responsável não faz sentido andar a vender “sub-marcas do distrito” como Raia, Cova da Beira, Pinhal ou Serra da Estrela. Alzira Serrasqueiro deixava aos agentes de desenvolvimento da região o desafio de estudarem, em conjunto, a estratégia para venderem a marca “Distrito de Castelo Branco”.