Os "Leões da Serra" conseguiram um período de dois meses sem derrotas
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Derrota na Vila das Aves
Leões perdem ao fim de dois meses
Após dois meses completos sem sofrer qualquer derrota, a turma de João Salcedas não resistiu ao Desportivo das Aves. O jogo até foi bastante equilibrado, mas a expulsão de Oliveira a 30 minutos do fim acabou por ser decisiva.
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NC / Urbi et Orbi
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E ao fim de dois meses o Covilhã volta a provar a derrota. Desde 16 de Outubro que os comandados de João Salcedas não sabiam o que era perder. Na altura, foram surpreendidos pelo Feirense no Complexo Desportivo da cidade (0-1), num jogo em que terão assinado a menos conseguida exibição da temporada. Agora, na Vila das Aves, oito jornadas depois, os serranos sofrem o terceiro desaire da prova depois de sete jogos sempre a pontuar (duas vitórias e cinco empates).
O Covilhã até começou bem, e o remate de Oliveira, logo no primeiro minuto de jogo, que obrigou Rui Faria a uma intervenção de recurso, defendendo para canto, fazia prever um jogo difícil para os pupilos do professor Neca. Mas a sorte esteve do lado dos locais que, logo no minuto seguinte, na primeira vez que vão à baliza, inauguram o marcador. Um grande golo de Miguel Pedro que foge pelo flanco direito, passa por Rui Morais e, de ângulo bastante apertado, desfere um remate de trivela que engana toda a defensiva serrana, incluindo o guarda-redes, que esperava um cruzamento.
O golo madrugador não desanimou os beirões, que recomeçaram a partida com o mesmo ânimo tentando chegar ao empate o mais rápido possível. Só que o balanço ofensivo serrano desguarnecia a defesa e, aos 10 minutos, é novamente o Aves quem está perto de marcar. Valeu uma intervenção excelente de Serrão, que evitou o segundo golo contra a corrente do jogo. O Covilhã fica avisado da perigosidade de deixar sair o Aves em contra-ataque e passa a jogar com mais cautelas, mas sempre ao ataque.
Aos 30 minutos, porém, Salcedas sofre a segunda contrariedade do jogo: Cordeiro lesiona-se e o técnico vê-se obrigado a mudar o xadrez da equipa. E o pior é que, entre lesões e castigos, não há um defesa no banco. O técnico do Covilhã faz das fraquezas forças e lança em campo Luizinho , mais um homem de ataque. Em boa hora o fez, porque o guineense acabou por ser uma das peças mais influentes na manobra da equipa, formando com Pimenta, durante grande parte do desafio, uma verdadeira dor de cabeça para a defensiva local.
Mas haveria de ser Paulo Campos a dar esperança aos leões. Quase em cima do intervalo, Pimenta cobra um livre do lado direito e o avançado corresponde da melhor forma, marcando o seu segundo golo em dois jogos e repondo a justiça no marcador.
Expulsão de Oliveira decisiva
Tal como a primeira, a segunda parte não foi pródiga em oportunidades flagrantes de golo. As duas equipas arriscavam pouco e a bola raramente ultrapassava a zona intermediária. Luizinho e Pimenta faziam das suas, mas pouco mais conseguiam que pôr a defesa avense em sobressalto. Mas o equilíbrio só durou até ao minuto 63, altura em que, por indicação do seu auxiliar, Lucílio Baptista mostra o segundo cartão amarelo a Oliveira. A jogar com menos um e com quase meia-hora pela frente, a turma forasteira vê-se obrigada a recuar para defender o resultado e o meio-campo do Aves ganha mais fulgor.
Aos 73 minutos, Filipe Anunciação põe à prova as qualidades de Serrão com um potente remate de fora da área que obriga o guardião covilhanense a mais uma defesa apertada. Estava dado o mote para o que aí vinha: segundo golo dos locais. Banjai perde a bola em zona proibida para Mércio, e o brasileiro dá para Octávio que remata forte para o fundo da baliza de Serrão. O guarda-redes dos serranos não teve qualquer hipótese de defesa, até porque a bola é desviada ainda pelo central Marinho.
João Salcedas ainda tentou inverter o rumo dos acontecimentos. Lançou Sanussi e Nii Amo para tentar dar mais força ao ataque, mas a única coisa que conseguiu foi dominar o último quarto de hora sem, no entanto, causar mossa no bem arrumado sector defensivo do Aves. Os serranos acabaram mesmo por sofrer a terceira derrota da temporada em 15 jornadas (mais três da Taça), e os avenses continuam imbatíveis em casa.
No final, o técnico serrano voltou a deixar criticas à arbitragem: “Há três jornadas esta era a equipa mais disciplinada da Liga e, de súbito tudo mudou”. Lucílio Baptista mostrou 10 cartões, sete dos quais a jogadores do Covilhã, incluindo um vermelho a Oliveira (por acumulação). |
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