Levar mais longe as características deste produto regional é um dos objectivos dos promotores da ideia
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No próximo ano
Confraria da Cereja vai ser criada
A ideia é utilizar a futura agreminação como mais um instrumento para divulgar a cereja da Cova da Beira, que já é marca registada. Para já vão começar a ser feitos os contactos para juntar confrades, que serão sobretudo produtores e comerciantes.
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Ana Rodrigues Ribeiro
NC / Urbi et Orbi
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Durante o próximo ano deverá ser criada uma Confraria da Cereja da Cova da Beira, com o objectivo de ser mais uma forma de promover a cereja desta região, que é já uma marca registada. A intenção foi manifestada na última semana pelo presidente da Cooperativa dos Fruticultores, José Rapoula, em Bruxelas, durante a visita que fez a convite da Confraria do Azeite Cova da Beira.
Segundo José Rapoula a criação de uma confraria da cereja é uma ideia que já tem algum tempo, mas sublinha que agora tem a certeza que há condições para avançar com o projecto, que se pretende ver formalizado em 2006. “Queremos começar com os pés assentes na terra. Primeiro há que elaborar os estatutos e angariar confrades. Vamos contactar produtores e comerciantes. Estou convencido que a ideia vai em frente, até porque já recebi apoios de algumas pessoas interessadas”, salienta o presidente da Cooperativa de Fruticultores da Cova da Beira.
Cereja para bombons belgas
Da viagem a Bruxelas José Rapoula traz a possibilidade de começar a exportar cereja para bombons belgas, que dizem serem os melhores do mundo. O Fundão já exporta o fruto para os produtos da Ferrero e poderá assim alargar o mercado exportador. Este responsável adianta que se trata de uma “quantidade razoável de cereja de indústria”, na ordem de “umas dezenas de toneladas” que poderão começar já na próxima campanha a seguir para a Bélgica. “Há uma porta semiaberta, faltam alguns contactos com a fábrica para ter certezas”, frisa.
Mas há também a possibilidade de começar a vender para grandes superfícies deste país no centro da Europa. Rapoula diz que um comerciante luso mostrou interesse em negociar e vem ainda este mês a Portugal para conversar sobre o assunto. Já no ICEP – Instituto das Empresas para os mercados Externos acrescenta que há três pessoas interessadas em importar cereja. “Desta deslocação resultaram contactos muito bons. É um caminho aberto para no futuro podermos exportar cereja e também o pêssego, para o qual surgiu um interessado”, refere o presidente da Cooperativa. No entanto, este responsável lamenta que a entidade que representa não tenha mais cereja para vender.
Na Bélgica a cereja é vendida a preços muito elevados e é um fruto bastante apreciado. A venda para este país implicaria alguns cuidados, para os quais a Cooperativa está preparada, uma vez que já possui equipamento de refrigeração, que conserva a fruta por mais tempo e permite fazer o transporte em melhores condições. |
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