Do Minho à Estremadura,
da Beira Interior à Beira Litoral, passando no
Algarve e chegando aos Açores, são algumas
das regiões representadas neste certame por produtores
de artesanato e de gastronomia que percorrem o País
a mostrar o que de melhor existe nas suas zonas.
“A feira é importante para divulgar os produtos
artesanais de diferentes regiões do País”.
Ana Baiona, fabricante de doces, proveniente do Algarve,
que vem desde o primeiro ano que se realizou esta feira,
reconhece a importância destes eventos para promover
o artesanato regional, que é cada vez mais esquecido
e preterido pelos artigos estrangeiros e que são
vendidos em grandes superfícies.
O sentimento é partilhado por Licínio Marante,
fabricante de vidro e natural da Marinha Grande, que já
vem à feira à 10 anos. “ A feira é
importante porque faz uma resistência em manter
os produtos artesanais de diversas origens e promove os
produtos nacionais”, mas também reconhece
que as pessoas que mais visitam a feira são da
zona da Marinha Grande.
Mais do que o objectivo de obter lucro é a divulgação
do nome da sua casa que faz Augusto Bandeira participar
na FAG. São muitas as pessoas que ao passar no
Alto Minho visitam a sua casa, Paradise “O Augusto.”
De Lisboa aos Açores são muitos os visitantes
que já lhe bateram à porta.
Augusto Bandeira lamenta que a gastronomia não
receba apoios, pois é “o que atrai muito
turismo ao nosso País”.
Situação financeira pouco favorável
A pouca informação a nível nacional
é uma das causas pela fraca adesão a este
certame, independentemente da boa organização
do evento é um sentimento partilhado por todos
aqueles que ali expõem os produtos.
“As pessoas têm aderido a esta mostra mas
só para ver o que está exposto… elas
passam mas não compram nada”. Ana Baiona
lamenta a crise que o País atravessa e isso é
bem visível nesta feira. Apesar das inúmeras
pessoas que visitam a feira, as vendas não são
assim tão animadoras.
Ao contrário de Augusto Bandeira, a proprietária
do Lampião, que vive exclusivamente deste tipo
de feiras, e da sua vasta experiência de participação
neste certame, a 11ª vez na FAG, refere a que existe
uma quebra no número de visitantes. “A situação
económica não está favorável”,
adianta. O fraco poder de compra dos portugueses e o aumento
do número de eventos divide as pessoas, o que provoca
uma menor adesão aos certames.
Além de restaurantes a FAG conta com stands de
produtos regionais como é o caso estabelecimento
Enchido Serrano, que está representado pela primeira
vez no certame. Enchidos tradicionais da Serra da Estrela,
queijos ou ginginha foram alguns dos produtos expostos.
Yolanda Santos salienta que apesar da pouca afluência
de pessoas na feira, há sempre quem compre produtos
alimentares.
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