Candidato à Presidência da República
Jerónimo fala sobre desemprego na Covilhã

O apelo ao voto útil e a promessa de que a sua candidatura é para ir “até onde o povo o entender” foram alguns pontos que marcaram a vinda de Jerónimo de Sousa à Covilhã, O candidato à Presidência da República, apoiado pelo PCP falou sobre o desemprego e o desenvolvimento regional.


Por Eduardo Alves

Emprego e apoios sociais foram duas temáticas abordadas por Jerónimo de Sousa, na Covilhã

Foi numa sala de cheia, com cerca de centena e meia de pessoas que a máquina de promoção da candidatura presidencial de Jerónimo de Sousa preparou a vinda deste à Covilhã. Apoiado pelo Partido Comunista Português, Jerónimo de Sousa recebeu, novamente, o calor dos militantes da Covilhã. As bandeiras agitaram-se quando o candidato irrompeu pela lateral da sala, os abraços e as manifestações de apoio levaram ao rubro os militantes mais antigos, “mulheres e homens que conhecem muito bem, porque fizeram Abril”, iria catalogá-los mais adiante o candidato. Já em cima do palco, de punho cerrado, o candidato presidencial começou por explicar as razões da sua candidatura ser diferente de todas as outras.
Num discurso afiado, Jerónimo aproveitou o tema central desta sessão pública, "Direito ao Trabalho e Desenvolvimento Regional”, para lançar um ataque cerrado “aos governos de direita e às equipas socialistas, que deixaram o País no estado em que está”.
Num dia virado para o trabalho, o candidato presidencial referiu que “o actual Governo está a negar um direito fundamental aos portugueses”. Na óptica de Jerónimo, “todos devem ter acesso a um trabalho digno”. Ao contrário “do que diz a Constituição da República, a equipa governativa do PS está empenhada em destruir o que resta do aparelho produtivo”. Mensagens que caíram bem entre os apoiantes e que retratam uma região onde o encerramento de empresas e o número de desempregados “tem crescido nos últimos tempos”.
Mas Jerónimo não esqueceu o candidato de direita, “de uma direita que é mais reaccionária do que pode parecer”. Desmascarar “esta ameaça” é também um dos objectivos do candidato que os comunistas apoiam.
Jerónimo foi célere na Covilhã, cumprimentou, falou aos apoiantes e depois deixou a sala para prosseguir campanha. Não sem antes dizer que o voto na sua pessoa “é o único capaz de manter o actual estado democrático” e também “levar esta acção até onde o povo quiser”.