Foi numa sala de cheia,
com cerca de centena e meia de pessoas que a máquina
de promoção da candidatura presidencial
de Jerónimo de Sousa preparou a vinda deste à
Covilhã. Apoiado pelo Partido Comunista Português,
Jerónimo de Sousa recebeu, novamente, o calor dos
militantes da Covilhã. As bandeiras agitaram-se
quando o candidato irrompeu pela lateral da sala, os abraços
e as manifestações de apoio levaram ao rubro
os militantes mais antigos, “mulheres e homens que
conhecem muito bem, porque fizeram Abril”, iria
catalogá-los mais adiante o candidato. Já
em cima do palco, de punho cerrado, o candidato presidencial
começou por explicar as razões da sua candidatura
ser diferente de todas as outras.
Num discurso afiado, Jerónimo aproveitou o tema
central desta sessão pública, "Direito
ao Trabalho e Desenvolvimento Regional”, para lançar
um ataque cerrado “aos governos de direita e às
equipas socialistas, que deixaram o País no estado
em que está”.
Num dia virado para o trabalho, o candidato presidencial
referiu que “o actual Governo está a negar
um direito fundamental aos portugueses”. Na óptica
de Jerónimo, “todos devem ter acesso a um
trabalho digno”. Ao contrário “do que
diz a Constituição da República,
a equipa governativa do PS está empenhada em destruir
o que resta do aparelho produtivo”. Mensagens que
caíram bem entre os apoiantes e que retratam uma
região onde o encerramento de empresas e o número
de desempregados “tem crescido nos últimos
tempos”.
Mas Jerónimo não esqueceu o candidato de
direita, “de uma direita que é mais reaccionária
do que pode parecer”. Desmascarar “esta ameaça”
é também um dos objectivos do candidato
que os comunistas apoiam.
Jerónimo foi célere na Covilhã, cumprimentou,
falou aos apoiantes e depois deixou a sala para prosseguir
campanha. Não sem antes dizer que o voto na sua
pessoa “é o único capaz de manter
o actual estado democrático” e também
“levar esta acção até onde
o povo quiser”.
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