Pelas contas da concessionária, circulam na Auto-Estrada menos dois mil e 300 veículos que o previsto pela Scutvias, por dia. Uma situação que aquele responsável justifica com “a conjuntura económica do País e até mesmo à escala europeia”.
Apesar de tudo, até agora há um crescimento do tráfego anual de cerca de 3,5 por cento na A23 em relação a 2004. “Os números começaram a baixar, sobretudo, desde o último mês de Julho”, refere. Isto significa que, na pior das hipóteses, “estamos arriscados a ter o mesmo tráfego que no ano passado”, adianta.
Matos Viegas explica que as quebras de tráfego não correspondem directamente a igual percentagem de quebra de receitas, pagas pelo Estado, “porque a fórmula de pagamento obedece a estratificações do tráfego”. Ainda assim, “uma quebra é sempre má, porque a exploração em regime SCUT (Sem Custos para Utilizador) baseia- se numa previsão de tráfego. Se não a atingirmos, podemos vir a perder dinheiro”, explica o administrador.
Actualmente, estão a conseguir compensar as contas, recorrendo a uma gestão apertada. Por outro lado, a Scutvias tem apostado no lançamento de acções para promover o uso da auto-estrada, bem como, “para promover eventos regionais, que atraiam mais visitantes”.
Seja como for, a situação “não põe em causa o contrato firmado com o Estado português, nem põe em causa a existência da A23”. “Esta ligação nunca foi justificada pelo tráfego, mas sim com a necessidade de desenvolvimento do Interior do País”, conclui. |