Já cá andam há 11 anos mas têm passado algo despercebidos, vítimas dos caprichos de uma “sociedade MTV” habituada a engolir o que se lhes coloca à frente sem procurar “alimento” alternativo e, porventura, mais “saudável”.
Os suecos The Hellacopters têm sido, ao longo dos anos uma espécie de repositório do que mais clássico há no rock, invocando referências primordiais como Chuck Berry, Elvis, Beach Boys e, até, Bob Marley – Nomes que os americanos parecem já ter esquecido. E à medida que vão sendo ignorados pelas grandes etiquetas, vão grangeando uma cada vez maior legião de admiradores de ambos os lados do Atlântico e na Austrália.
No que se refere à música, “Rock n' Roll Is Dead” não foge à regra que orientou a maioria dos nove anteriores registos, mas tem qualquer coisa extra. Mais atitude, mais velocidade, mais irreverência, mais… rock n' roll .
Com um riff de “Roll over Beethoven”, logo na abertura, o colectivo nórdico presta a devida homenagem a Chuck Berry. E, depois, é sempre a acelerar daí para a frente… como se não houvesse amanhã. E, de repente, o título que dá nome ao álbum soa como uma grande ironia. É que, depois de ouvir “Rock n' Roll Is Dead”, é impossível não ter a certeza que o rock n' roll , afinal, está bem vivo. E que, enquanto por cá andar, este quinteto sueco não o vai deixar morrer.