O União Idanhense já está na zona de promoção. É certo que o campeonato ainda só vai na 10ª jornada, mas, adaptando a frase de João Salcedas, técnico do Sp. Covilhã, há algumas semanas atrás: “deixem os raianos saborear o momento”. O clube beirão soma dois empates e três derrotas, mas as cinco vitórias conseguidas numa excelente série de resultados permitem-lhe ascender ao segundo posto da classificação a apenas um ponto do líder Marinhense.
No último domingo, no Municipal de Idanha, os pupilos de Nuno Fonseca até nem começaram da melhor forma a recepção ao Bidoeirense. Aliás, nenhuma das equipas começou. E ao fim dos 45 minutos ninguém sabia muito bem o que tinha ido fazer ao campo. As condições climatéricas não permitiram grandes veleidades aos jogadores, mas a verdade é que estes também não fizeram muito para ajudar ao espectáculo.
No segundo tempo, porém, tudo mudou. Ou melhor… mudou o Idanhense. A equipa local apercebeu-se que tinha pela frente o último classificado e percebeu que tinha que fazer mais alguma coisa. E fez. Dominou a quase totalidade do segundo tempo e não descansou enquanto não fez abanar as redes do adversário. Foi logo aos cinco minutos do recomeço que Cristophe, com um remate de fora da área, abriu o activo e deu novo ânimo aos seus colegas. A turma local galvanizou com o golo e partiu em busca de um resultado mais dilatado e tranquilizador. Mas a bola teimava em não entrar.
A jogar na expectativa, o conjunto da Bidoeira, sem nada a perder, soltou-se mais e chegou mesmo, num par de ocasiões a ameaçar a baliza à guarda de Hélder Cruz.
A tranquilidade para os da casa só chegou a escassos cinco minutos do final. Pacheco, na recarga a uma boa, mas incompleta, defesa de Viseu só teve que empurrar para o 2-0 final. Um triunfo merecido principalmente pelo desempenho da segunda parte.
Na próxima ronda, os idanhenses deslocam-se à Sertã – que folgou na última ronda – para mais um imprevisível derby regional.
A derrota quase dois meses depois
No Fundão, terminou a boa série da Desportiva local. O conjunto orientado por Joca voltou a provar o amargo sabor da derrota após seis jogos invencível. A turma beirã perdeu por uma bola a zero na recepção ao Mirandense, mas pode queixar-se de alguma falta de sorte.
Depois de uma primeira parte sem grandes oportunidades – apenas uma para cada lado – o Fundão foi superior na etapa complemetar, mas não conseguiu materializar em golos o maior número de oportunidades de que dispôs. A partir de determinada altura, o Mirandense já só jogava para segurar o empate e os beirões arriscaram mais no ataque, tentando forçar o recuo do meio-campo forasteiro. E quando parecia que os locais estavam perto de chegar ao golo, eis que surge o contra-golpe dos de Miranda do Corvo. Único, isolado, mas fatal. Os fundanenses perdem a bola no meio-campo, deixam escapar um adversário pela esquerda e não conseguem evitar o cruzamento milimétrico para a entrada de Ricardo Queirós que bate Nuno Morais.
Os mirandenses marcavam na única vez que o tentavam fazer e, a seguir, fecharam-se a sete chaves na defesa, montando uma muralha praticamente intransponível que travou todas as investidas indígenas até o árbitro dar por terminada a contenda.
Apesar deste resultado negativo, o Fundão continua a ocupar uma posição bem acima da zona dos aflitos, o que permite ao plantel de Joca encarar os próximos desafios com tranquilidade. E a próxima deslocação é já às Caldas, um dos candidatos à promoção. |