Foi a primeira reunião da Assembleia Municipal depois de terem tomado posse os membros eleitos nas autárquicas do passado mês de Outubro. Com o início a servir, por isso mesmo, para os cumprimentos habituais e desejos de trabalhos profícuos “em prol do desenvolvimento do concelho”.
A sessão decorreu pois com a esperada normalidade, para os assuntos a serem então tratados, até ao ponto onde se pretendia a votação da suspensão parcial do PDM da Covilhã. Esta medida pretende incidir sobre terrenos localizados no Terlamonte, Teixoso, onde está prevista a construção do futuro Aeroporto da Covilhã, no Tortosendo, onde a autarquia pretende lançar uma terceira fase de expansão do parque industrial e na Boidobra, onde até há bem pouco tempo decorriam os trabalhos de construção da Quinta do Freixo. E foi este último ponto que “incendiou” a oposição feita pelos deputados do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda. A Quinta do Freixo é uma urbanização onde está prevista a construção de 575 vivendas e que está situada em terrenos de Reserva Agrícola Nacional (RAN).
Vai daí, a autarquia pretende alterar o PDM, para todos estes locais e apresentar planos de pormenor que viabilizem todas estas construções. A medida foi votada favoravelmente pelos representantes do Partido Social-Democrata e do Partido Socialista, exceptuando, neste último, a deputada Telma Madaleno que se absteve. Os deputados do PCP e o deputado do Bloco de Esquerda votaram contra esta suspensão.
A medida agora aprovada pela Assembleia Municipal dá luz verde à autarquia para realizar os referidos planos pormenor que terão de ser aprovados pelo Conselho de Ministros e publicados em Diário da República. |