“A lusofonia é
a aculturação existente entre os vários
países espalhados no mundo que têm como denominação
comum a língua portuguesa” referiu o sociólogo
José Travassos ao fazer a abertura do espectáculo.
Foi este o tema deste ano, escolhido pela organização
foi “Pensar em Português”.
O espectáculo, realizado no passado dia 19 deste
mês, contou com um desfile de moda que apresentou
vestes tradicionais da Guiné, São Tomé,
Cabo Verde, Brasil, Portugal e Angola. Após a actuação
da tuna Já b'UBI & Tokuskopos a festa seguiu
com danças típicas: Semba e Kuduro da Angola,
a Contradança de Cabo-Verde, Marrabenta de Moçambique,
a Roda de Samba e de Capoeira do Brasil e de Portugal,
assim como o folclore minhoto.
O Semba é a dança que deu origem ao Samba
e à Kizomba, o Kuduro é um estilo que se
funde com a dancemusic, muito em voga em Luanda na segunda
metade dos anos 90. Misturando dois tipos de dança,
o Batuque (ritmo cadenciado que resulta do bater em tambores)
e o São João (herdada dos portugueses).
Apresentado com uma mão na nuca e outra atrás
das costas, a Marrabenta é dança de convívio
com um requebro sincopado das ancas. A Capoeira é
uma dança começada pelos escravos como forma
de exprimirem os seus sentimentos.
A festa seguiu com um poema de Vasco Cabral e uma história
intitulada “A Grande Escolha”, que relatou a vida de uma
“menina muito bonita e divertida, chamada Loginda”. Ela
tanto escolheu, tanto rejeitou pretendentes que por fim
acabou por casar com um macaco. Uma hilariante história
tradicional de São Tomé.
Mayra Fernandes, responsável pelo projecto, agradeceu a todos aqueles que tornaram esta “grande festa” possível e recebeu do público presente um grande bem-haja, por se dedicar a esta causa de solidariedade e troca cultural entre os lusófonos da Universidade da Beira Interior.
A Tuna voltou a actuar encerrando assim a gala que se
prolongou pela noite dentro no “Espaço Covilhã”. |