O concurso "Pontes de Esparguete" realiza-se hoje e é um dos acontecimentos mais marcantes destas jornadas
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Inovação e Desenvolvimento
A criatividade da Engenharia
Está a decorrer até amanhã, no pólo das engenharias, a III Conferência de Engenharia, intitulada Inovação e Desenvolvimento. Nesta estará inserido o 5º Concurso de “Pontes de Esparguete”, evento que tem por objectivo a criatividade e a investigação por parte dos alunos.
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Por Neuza Correia
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O objectivo do concurso “Pontes de Esparguete” é incentivar os alunos para a criatividade e a investigação. Estes desenvolveram o projecto de uma ponte que vai ser testada e que terá como material de construção unicamente esparguete e cola. A sua resistência e estética também serão tidas em conta, pois será a partir destas que as pontes serão avaliadas. Os projectos poderão ser vistos hoje, durante todo o dia no pólo das engenharias, onde se realiza o concurso a partir das 14 horas.
No âmbito das III Conferências de Engenharia
a presidente da Comissão Organizadora, Anna Guerman,
salienta que este evento é já uma tradição
na academia covilhanense. “Começaram por ser realizados
seminários e hoje estamos perante uma conferência
com 24 áreas temáticas, pois ao longo dos
anos o interesse foi aumentando por parte dos alunos e professores”,
refere esta responsável.
“Temos a certeza que houve a necessidade destas conferências”, foca Anna Guerman. Foi criado um espaço onde se juntaram várias áreas, a que se chamou de conferências de engenharia. No decurso destas serão apresentados vários artigos, que são conclusões de projectos realizados por vários alunos, incluindo trabalhos de mestrado e final de curso, que acabam por ser a base deste evento.
Foram convidados para os primeiros dias José Manuel Viegas, do Instituto Superior Técnico (IST), e o engenheiro Rui Cordeiro, da Critical Software, também esteve presente um representante da REFER (Rede Ferroviária Nacional) um dos patrocinadores do evento.
No decorrer das conferências José Viegas falou
sobre as relações entre comunidades e empresas,
e pistas para a criação de valor. Este docente
salienta as dificuldades por que passam os cursos de engenharia,
pois existe uma insuficiência do financiamento público,
para as áreas e departamentos.
José Viegas enquadra a posição do aluno licenciado, dizendo que terá o envolvimento de fornecedores, de clientes e que são analisadas quatro vertentes e formas de colaboração mais adequadas a cada uma delas: o ensino e aprendizagem, a investigação e desenvolvimento, os laboratórios e os suportes formais para a colaboração. Acentua também que o ensino e a aprendizagem são distintos, é preciso ter em conta que o ensino tem de funcionar bem com a aprendizagem do aluno, o importante é que fique memorizada a mensagem que é transmitida.
Este evento proporciona o contacto com o mundo exterior, onde os alunos têm a oportunidade de estar em contacto com profissionais, e desenvolver os seus próprios projectos, como as tão conhecidas pontes de esparguete.
“Aprender a Aprender”
“A Universidade tem um grande desafio pela frente,
com o trabalho e o desenvolvimento a serem fundamentais”,
aponta Luís Carrilho, Vice-reitor da Universidade
da Beira Interior. Este responsável referiu também,
que “com o Processo de Bolonha, a Universidade tem de se
adaptar ao sistema do Ensino Europeu”. Este ensino está
centrado no estudante e tem como objectivo “aprender a aprender”.
“É necessário demonstrar o quanto é
importante um evento deste tipo na área da engenharia,
e também a importância de todas as sessões
temáticas desde a estética à inovação,
que aspiram à mudança”, adiantou o mesmo.
Mudança essa, que terá de ser tanto a nível
do ensino como da sociedade onde está inserida. Este
tipo de iniciativas, como as conferências ajudam os
alunos, principalmente do primeiro e segundo ano, a decidir
qual o ramo que devem escolher, adiantou ainda o responsável. |
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