A probabilidade e a estatística foram temáticas centrais desta apresentação
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Ciclo de conferências “Despertar para a Ciência”
Probabilidade e Estatística
na criação de conhecimento
“Os desastres de Sofia e as estruturas do acaso” foi o tema da segunda palestra do ciclo de conferências “Despertar para a Ciência”, promovido pela Universidade da Beira Interior (UBI), em parceria com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e a Fundação Calouste Gulbenkian.
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Por Ana Salomé Castanheira
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Inspirado no livro “Os Desastres de Sofia” da Condessa de Ségur, Dinis Pestana, doutor em Probabilidade e Estatística, conferenciou na Universidade da Beira Interior.
Explicando o que é a probabilidade através de casos do nosso dia-a-dia, como a interpretação de análises, a própria concepção humana e fazendo com os participantes jogos imaginários, este docente abordou não só o lado matemático, mas também o humano da estatística. Realçou ainda a importância da recolha de dados que sendo mal feita pode, por si só, conduzir a conclusões catastróficas. Além disto, procurou que as cerca de 30 pessoas presentes nesta palestra, compreendessem o que é o acaso e como este acaba por condicionar em muito qualquer situação de probabilidade e estatística.
A “Sofia dos Desastres” faz muitas asneiras, é castigada, arrepende-se, faz outras asneiras e o ciclo recomeça. Os desastres são próprios do mundo da infância, fase das lições de vida, da aprendizagem para reconhecer os padrões prováveis, para tomar decisões e alargar a compreensão do que nos rodeia. Crescer é aprender que a incerteza está presente em tudo, inclusive na maior parte das decisões importantes que se toma, pois na maioria delas não dispomos do domínio completo da informação relevante para poder decidir muito bem.
O desenvolvimento da Probabilidade e da Estatística respondem a essa necessidade de dominar o que é incerto e efémero, transformando a informação em conhecimento. Para isso é preciso “saber ler os dados, reconhecer que nem todos prestam e assim aprender a obter os que realmente interessam”, refere o investigador.
Inserida no ciclo de conferências, que tem como objectivo “comunicar novos conhecimentos, de os transmitir e transformar em novas ideias, novos produtos e novos serviços” a palestra decorreu no anfiteatro 8.1, no Pólo das Engenharias, no dia 10 de Novembro, pelas 15horas.
A próxima conferência será no dia 7 de Dezembro, também pelas 15horas, no anfiteatro 6.1 da UBI e o tema é a “Manipulação Genética: Medos e Esperanças” e vai ser apresentada por Alexandre Quintanilha, docente do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto. |
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