Os coleccionadores consideram-se as pessoas mais felizes, e os filatelistas, de todos os coleccionadores, os mais felizes do mundo. A lupa, a água e o sal, o carimbo e a imaginação e experiência fazem parte deste espectáculo. O simples descolar um selo de uma carta, usando água e sal, é um ritual destes coleccionadores.
Grande parte das pessoas, quando recebem cartam não ligam a mínima para o selo que a transportou, é a isto que o espectáculo vai dar importância, aos selos. Estes que trazem e transportam a nossa correspondência. Estes “estudiosos de selos” vão ajudar a conhecê-los ao detalhe, o formato, o assunto e as peças. Cada selo tem uma história embutida, tem algo a contar, histórias de uma diversidade infinita. Esta representação leva-nos para a originalidade, uma performance onde são misturados o texto, a voz e os sons que retratam as belas histórias contadas.
Os selos podem ser estudados “ao milímetro”, cada pormenor é uma história, as suas especificidades e as particularidades de cada um e o carimbo, que é dos elementos mais importantes, pois é este que explica de onde vem a correspondência, é um elemento fundamental.
A lupa é o piloto desta viagem, esta que nos leva por diversos e ínfimos mistérios. Descobertas realizáveis pelos mais obsessivos e atentos. As histórias contadas por este trio fantástico foram da mais variada espécie, desde a história de Portugal ao assolado casal Lady Diana e Príncipe Carlos.
Os selos, principalmente os mais antigos e com mais valor, traziam sempre uma figura histórica. Fernão Mendes Pinto, a figura de Nossa Senhora de Fátima e as descobertas portuguesas, como a viagem à Índia, fizeram parte da história dos selos. Com o passar dos tempos começou a perder essa importância, começando por serem ilustrados com figuras menos apelativas.
Os selos podem contar a história de uma vida, mesmo a nossa, e não devem passar despercebidos.
Este espectáculo que contou com muita história, risadas e curiosidade, teve elementos fundamentais, a junção de determinados sons actuando com texto e a voz, administrava um misto de sentimentos no público, as histórias profundas, que podem ser contadas através de um simples selo.
Teatro de Objectos
O Festival Y, na Covilhã, encerrou com um worshop sobre os objectos. Mostrar como os objectos são o fio condutor das coisas que queremos transmitir. Os objectos são vistos como fruto da nossa experiência e até imaginação, este workshop teve como moderador Bruno Cintra.
É o poder dos objectos na vida quotidiana, o que eles nos transmitem, sentimentos e emoções que fazem com que nos identifiquemos no percurso da vida. Como seria viver sem certos objectos? Objectos que fazem parte do nosso dia a dia, e que por vezes nem damos conta que estão lá, mas inconscientemente sabemos que existem. Um casaco, uma mala, um anel são dos múltiplos objectos que usamos, alguns sem nos apercebermos.
Depois de uma performance de multimédia como foi Philatelie, em que apresenta a “vida” dos selos, nada melhor que terminar com a importância dos objectos no nosso quotidiano. A relação que se cria com os objectos podem proporcionar momentos muito fortes e íntimos entre as pessoas. Os objectos são uma parte muito forte da nossa vida, pois se calhar um objecto pode mudar a vida de uma pessoa. Este workshop também serviu para saber quando os objectos podem ter influência em nós, e por isso influenciar-nos no percurso das nossas vidas. |