Foi um Salão Nobre cheio que funcionou como palco para a tomada de posse do novo executivo camarário da Covilhã. Carlos Pinto volta a presidir, pela quarta vez – terceiro mandato seguido – à autarquia da “cidade neve”.
Uma experiência que diz ser destinada “a honrar os compromissos com as pessoas da Covilhã”, uma vez que “não vão ser as vontades dos partidos a decidirem”. A autarquia volta a ficar “com gente do povo, com gente da Covilhã”, sublinhou ainda o chefe do executivo. O tempo passado à frente da câmara não impede Pinto de referir que parte para este mandato “com o mesmo entusiasmo do primeiro”. Projectos e trabalho não faltam “para os próximos quatro anos”.
Carlos Pinto vai ter a seu lado Alberto Alçada Rosa, Víctor Marques, João Esgalhado e Joaquim Matias. Cinco representantes do Partido Social-democrata. Quanto ao Partido Socialista, na oposição, vão estar dois vereadores, Vítor Pereira e Miguel Nascimento.
A equipa está constituída e já tem um plano de trabalho. No seu discurso de tomada de posse, Pinto avançou com as áreas que lhe vão suscitar maior atenção. A criação de emprego, e de empresas, a fixação de pessoas no concelho e todo um conjunto de novas estruturas que devem ser realizadas nos próximos tempos. Em termos de obras, o social-democrata referiu com maior atenção, o novo aeroporto, a ampliação do Parque Industrial do Tortosendo e a criação de um outro no Teixoso e Terlamonte, “atingindo assim os 300 hectares de solo industrial”, a periférica à Covilhã, o Parque da Goldra, as pontes pedonais, novos arruamentos e a reconstrução dos centros históricos do concelho, a abertura do Museu da Covilhã e o apoio à reconstrução, para fins turísticos do Sanatório dos Ferroviários. Uma vez mais, Pinto não deixou de referir que a construção da nova barragem nas Penhas da Saúde é uma meta para este mandato. Para já, a abertura da Unidade de Hemodiálise, marcada para inícios do próximo ano, “vem demonstrar que tudo isto é possível”.
Pinto aproveitou o momento para fazer uma breve reflexão sobre o estado das políticas centralizadoras e sobre “a manipulação da opinião pública feita pelos órgãos de comunicação social, sem que tenham reacções à altura”. Esta leitura é feita pelo autarca que pede “mais competências e recursos humanos para os poderes locais”. Isto porque, “o desenvolvimento do País não se faz com corte de verbas às câmaras”.
O social-democrata vai mais longe e questiona o facto do Governo “não cumprir a Lei das Finanças Locais”. Esta questão serviu de mote para que o discurso de Pinto virasse até José Sócrates, “um cidadão desta cidade que deve merecer o orgulho da Covilhã”. Um cidadão que dentro de dias “vai receber, novamente, o convite para se deslocar à Covilhã”.
Pinto referiu que as contas do País não apontam para grandes melhorias, “mas a Covilhã não vai parar”. Daí que as freguesias sejam também outro dos pontos em destaque para os próximos quatro anos. Da mesma forma que todo o concelho merece atenção, “também os funcionários da autarquia”. Nesse sentido, o social-democrata que agora assume os comandos da edilidade covilhanense, por mais quatro anos, vá constituir “um Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências parta todos os funcionários da autarquia e extensível a todos os trabalhadores do concelho”.
Primeira sessão de câmara define pelouros
Na passada sexta-feira, 11 de Novembro, o novo executivo reuniu pela primeira vez. Definir os vários pelouros da Câmara da Covilhã foi um dos pontos desta reunião. Carlos Pinto, para além da presidência da câmara fica também com os pelouros da Cultura, Finanças e Pessoal, Alçada Rosa continua a exercer funções de vice-presidente da autarquia e responsável pelos Serviços Municipalizados (SMAS), Víctor Marques, novo vereador social-democrata, fica encarregue das Obras, João Esgalhado continua com a Habitação, Urbanismo e com a Sociedade de Reabilitação Urbana “Nova Covilhã”. Por fim, Joaquim Matias será responsável pelos pelouros da Educação, Acção Social, Saúde, Desporto e Associativismo.
Vítor Pereira e Miguel Nascimento, vereadores eleitos pelo Partido Socialista, representam a oposição. O lugar de Vítor Pereira neste cargo não é ainda definitivo. O novo vereador do PS tinha pedido ao presidente da Câmara a alteração do dia em que são efectuadas as reuniões do executivo camarário (de sexta-feira para segunda), de forma a poder conciliar este cargo com o de deputado que exerce na Assembleia da República. Esse pedido foi recusado pela maioria PSD. |