A ecologia e o ambiente foram temas
chave desta tese de doutoramento
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Doutoramento
em Gestão
Um estudo verde
Inovação
é um conceito presente na tese de doutoramento
na área da Gestão apresentada recentemente
na UBI. A ecologia e o marketing foram os campos ligados
por este estudo que vem trazer algumas novidades à
área em questão.
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Por Eduardo
Alves
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O marketing “verde”
foi o campo de investigação de Arminda Maria
Finisterra do Paço. Na sua tese de doutoramento,
apresentada na UBI, a docente do Departamento de Economia
e Gestão da UBI estuda “o comportamento dos
consumidores portugueses e as suas atitudes em relação
às questões ambientais”.
Aponta como motivações para esta “tese
ecológica”, a actualidade da temática
e “as crescentes preocupações com o
aumento da degradação ambiental e também
com o estado desse mesmo ambiente”. A juntar a estes
parâmetros acrescenta-se o facto de “em Portugal
não existirem muitos estudos no âmbito do marketing,
relacionados com esta temática”, sublinha a
autora.
“Marketing verde: uma aplicação da segmentação
de mercado aos consumidores portugueses” é
o título do estudo que identifica “numa amostra
bastante significativa, 887 indivíduos, diferentes
sensibilidades ao marketing verde e às questões
ambientais”. A autora da tese conseguiu encontrar
três segmentos, no que respeita às aplicações
das práticas ecológicas transmitidas por vários
meios e de várias formas. Um deles é “aquele
que nós designamos por “verdes activos”,
os que têm melhor comportamento face às questões
ambientais”. Um conjunto de pessoas que exerce um
papel activo no que respeita à preservação
do meio ambiente, que denota um maior alerta para toda a
temática da ecologia e que aplica efectivamente as
medidas que visam contribuir para um melhor ambiente. Segundo
Arminda Paço, “este segmento tem uma percentagem
algo elevada, em comparação com outros países”.
Um facto que se deve “a uma tendência para reportar
comportamentos tendencialmente correctos, por parte dos
consumidores, o que nem sempre quer dizer que depois estes
os pratiquem”, esclarece a autora da tese.
Outra das vertentes também abordadas por este estudo
foi o papel das empresas em todas as políticas ambientais
e a utilização ou não de produtos destinados
a um novo segmento de mercado. Neste aspecto, a docente
da UBI aponta para o facto “das empresas, de há
uns anos para cá, terem começado a utilizar
muito a óptica da responsabilidade social”.
A título de exemplo, Arminda Paço lembra o
caso da Delta, “uma empresa portuguesa que é
certificada com as normas de certificação
ambiental ISO 14000”. Isto para referir que “as
empresas podem vender produtos ecológicos ou amigos
do ambiente, não só na perspectiva do lucro
e da novidade mas também tentando passar alguma mensagem
para a sociedade”.
Nesse campo, uma das conclusões que esta investigadora
retirou do seu estudo aponta para um maior empenho das novas
gerações. “As crianças são
muito mais sensíveis e estão mais alerta para
este tema do que os adultos”, refere Arminda Paço.
Nos dias que correm, “se uma criança vir um
adulto deitar um papel para o chão já é
capaz de apontar aquele gesto como sendo um mau comportamento
social”, explica a docente. A mesma acrescenta que
“deve existir uma forte esperança nestas novas
gerações, uma vez que estão mais conscientes
e bem informadas em relação a estas matérias
que as gerações adultas actuais”.
Estas provas de doutoramento tiveram como júri José
Luís Vázquez Burguete, professor titular da
Facultat de Ciências Económicas y Empresarials
de la Universitat de Léon, Mário Lino Barata
Raposo, professor catedrático da Universidade da
Beira Interior, Arnaldo Fernando de Matos Coelho, professor
auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra,
Reinaldo Aníbal Gomes Proença, professor auxiliar
do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da
Empresa, Helena Maria Baptista Alves, professora auxiliar
da Universidade da Beira Interior, Tiago Miguel Guterres
Neves Sequeira, professor auxiliar da Universidade da Beira
Interior. |
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