No passado dia 27 Outubro
teve lugar no pólo Ernesto Cruz, a acção
de formação cujo tema foi “Desafios
que se colocam à escola, ao ensino e à educação
na sociedade de hoje”. Carlos Costa, dirigente do
Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZC), da delegação
da Covilhã, foi o organizador desta acção.
Este chamou a atenção para o facto das escolas
serem vistas como “um centro de saúde”
onde os professores são muitas vezes mais sociólogos,
animadores sociais, psicólogos ou mesmo “guardas
de crianças” do que educadores. O mesmo referiu
ainda que os detentores do poder se servem da escola como
“espécie de bode expiatório”.
Como forma de reflectir este o problema, foi escolhido
o padre José Luís Borga dado ser alguém
neutro e conhecedor das comunidades.
José Luís Borga, sacerdote desde 1990, conhecido
colaborador de programas televisivos, animador de encontros
juvenis apresentou a todos os presentes um discurso sério
misturado de boa disposição e não
prescindindo de uma demonstração, no final,
dos seus dotes musicais. Salientou desde o início
que educar deve ser “crescer com sabedoria, partilhar
emoções e criar paixão”. Alertou
para o facto do professor dever aprender com o aluno e
assumir um papel mais activo e sentido na vida do mesmo.
A presença de limites, algo que escapa quer aos
jovens, quer aos professores, é uma questão
que o inquieta na medida em que “hoje a malta quer
tudo ao mesmo tempo”.
Prudência, tranquilidade, objectividade, partilha
de emoções, companheirismo e vivência
são ingredientes por ele considerados fundamentais
à vida escolar.
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