A assembleia de credores da empresa Fiper, no Teixoso (Covilhã), decidiu na passada semana, esperar mais oito dias pela apresentação de propostas de recuperação daquela fábrica de fiação. O prazo proposto pelo juiz do Tribunal da Covilhã foi aceite pela maioria dos credores, incluindo os 84 ex-trabalhadores.
Na reunião da passada semana, a sociedade uruguaia Longueiuil S.A. apresentou uma proposta para retomar a laboração da fábrica e pagar a totalidade dos créditos aos ex- trabalhadores. No entanto, segundo o juiz do Tribunal da Covilhã, a proposta não apresentava, nos termos da lei, os requisitos de um plano de insolvência para recuperar a empresa. Assim, foi concedido um prazo de cinco dias úteis para que a sociedade uruguaia possa reformular a proposta ou para que outros planos de recuperação sejam apresentados. Depois de apresentadas, as propostas deverão ser estudadas pelos credores até 9 de Novembro, dia em que a assembleia volta a reunir-se.
Apesar de defenderem que a fábrica volte à actividade, "os trabalhadores foram despedidos no início do mês, contra a sua vontade". "Agora, querem ver assegurados, nas propostas a apresentar, todos os seus créditos laborais", refere o presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB), Luís Garra.
A empresa Fiper encerrou para férias em Agosto e não voltou a abrir por falta de encomendas. O património da empresa está livre "de penhoras ou outro ónus", segundo o administrador judicial, Rui Silva, pelo que é considerado bastante atractivo, tanto ao nível dos equipamentos como de imobiliário. |