Quando foi construída no primeiro mandato de Cavaco Silva como primeiro-ministro, a EB 2/3 do Tortosendo contemplava também um pavilhão multi-usos para os alunos. Contudo, a falta de verbas fez com que o estabelecimento escolar fosse inaugurado sem o dito pavilhão. Desde essa data que, ano após ano, os responsáveis escolares reclamam a construção da infra-estrutura. O fantasma da falta de verbas tem pairado sob a escola e sobre os diversos Governos do País. Há já quase 20 anos que professores, apis e alunos esperam que a questão se resolva.
Nos últimos tempos, a situação agravou-se ainda mais. O pavilhão do Unidos, onde os alunos tinham as suas aulas de Educação Física, segundo a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) “deixou de oferecer as condições mínimas de segurança” para que os alunos ali tivessem as suas aulas. Outro das novidades entretanto surgidas foi a abertura de concurso público para a construção do pavilhão, uma vez que as entidades oficias deram luz verde para tal.
Mas os números do último PIDDAC vieram deitar por terra as pretensões dos responsáveis escolares. Isto porque as verbas destinadas à construção do pavilhã foram retiradas.
A Assembleia do Agrupamento de Escolas do Tortosendo decidiu enviar aos órgãos de comunicação social um comunicado onde “apela a toda a comunidade educativa, aos órgãos autárquicos e às demais entidades competentes para que lutem em conjunto” para a construção do pavilhão.
Um documento assinado pelo presidente do referido órgão, António Pombo lembra que o mesmo episódio aconteceu no Fundão, mas aí “aos órgãos autárquicos conseguiram que o ministério da tutela” desbloqueasse as verbas para a construção da infra-estrutura.
Neste documento pode ler-se ainda que a escola pagava, do seu orçamento, uma verba mensal de mil e 400 euros ao Unidos do Tortosendo para que os alunos utilizassem o pavilhão. Ainda assim, Pombo salienta que esta é a uma situação que não agrada a ninguém, uma vez que “os alunos têm de sair do recinto escolar para terem aulas”.
Valter Lemos, secretário de Estado da Educação confrontado pelo Urbi com esta situação pouco falou sobre o assunto. À margem da visita à UBI, o responsável do Governo referiu que “pela primeira vez, as verbas do PIDDAC vão estar destinadas à recuperação, conservação e reparação de escolas”. Lemos salienta ainda que “se os responsáveis conseguirem provar que um pavilhão é mais importante que a construção de uma escola, de certeza que as verbas serão desbloqueadas”, caso contrário, a situação ficará como está. |