O concelho de Idanha-a-Nova,
no distrito de Castelo Branco, perdeu em 20 anos 27,6
por cento da sua população, segundo dados
de um estudo efectuado no âmbito da Rede Social
do Concelho. João Jóia, coordenador do Plano
de Desenvolvimento Social de Idanha-a-Nova, disse na passada
semana, que os 27,6 por cento da população
abandonaram o concelho entre 1981 e 2001, possuindo o
município actualmente 11 mil 659 habitantes, quatro
mil e 747 dos quais idosos. Segundo o Censos de 2001,
apenas 0,9 por cento da população residente
tem menos de 15 anos. Sendo o quarto concelho do País
em termos de extensão, a densidade populacional
situa-se nos 8,1 habitantes por quilómetro quadrado,
o que coloca a Idanha no rol dos concelhos menos povoados
de Portugal.
Estes dados foram na apresentação do Plano
de Desenvolvimento Social para o triénio 2005/2008,
que aposta em três eixos fundamentais de intervenção:
qualificação escolar e sócio-profissional,
toxicodependência e alcoolismo e cuidados de saúde.
Segundo João Jóia, "a taxa de abandono
escolar é muito elevada", sendo necessário
"apostar na melhoria da qualidade do ensino e no
apoio à educação dos alunos mais
desfavorecidos, incentivando-os a não abandonarem
o ensino".
Já no âmbito da toxicodependência e
alcoolismo, o responsável pelo plano disse que
serão desenvolvidas acções de prevenção
de consumos iniciais "através do envolvimento
mais participativo das escolas e dos encarregados de educação"
e mediar a inserção profissional "através
da criação de uma Comissão de Acompanhamento,
articulando o processo com os Centros de Saúde,
Segurança Social, Câmara e o Instituto da
Droga e Toxicodependência", assegura aquele
técnico.
Quanto aos cuidados de saúde, a principal preocupação
é o aumento da cobertura dos serviços. O
estudo apresentado revela, ainda, que 94,6 por cento das
famílias do concelho de Idanha-a-Nova possuem casa
própria, estando o crescimento urbanístico
circunscrito à sede do município e às
freguesias de Ladoeiro e Zebreira. Nas restantes freguesias
assiste-se particularmente a reconstruções.
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