Mais uma vez, o Dia Europeu Sem Carros voltou a ser “respeitado” na cidade da Guarda. A capital da Beira Alta aderiu, na passada semana, pela quinta vez consecutiva, à iniciativa, afastando assim do coração da cidade os transportes poluentes.
A autarquia pôs ao dispor da população diversos mini-autocarros para assegurar algumas ligações e ao longo do dia decorreram actividades de animação e sensibilização para a preservação do meio ambiente.
Este ano, 46 cidades e vilas portugueses aderiram à iniciativa, e na Beira Interior, para além da Guarda, entraram nesta “festa não poluente” os municípios de Pinhel, Celorico da Beira e Manteigas. Mais a Sul, nada. A Covilhã voltou a ficar de fora, tal como Castelo Branco.
Só que, no que diz respeito à capital de distrito, há uma explicação, segundo o seu autarca, Joaquim Morão: é que o Dia de Sem Carros, em Castelo Branco , “é todos os dias” afirma em declarações ao Público . O autarca realça o número de estacionamentos que a Câmara criou nos últimos anos, e as circulares feitas para afastar os automóveis do centro da cidade. A não adesão à iniciativa, porém, levou a que o Bloco de Esquerda criticasse a autarquia.

Candidato do PS/Covilhã quer ciclovia na Nacional 18

Também o candidato do PS à Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, aproveitou este dia para tecer críticas ao executivo covilhanense liderado por Carlos Pinto. No Teixoso, Pereira lembrou uma promessa de criação de um metro de superfície, a partir da Senhora do Carmo, que seria “importante para a mobilidade das pessoas”, e apresentou uma alternativa a esse projecto: uma ciclovia.
“Caso seja eleito, lançarei essa obra desde aqui, da Senhora do Carmo ao Souto Alto” assegura em declarações à RCB.
O Dia Europeu Sem Carros tinha como objectivo proporcionar aos cidadãos uma oportunidade de descobrirem outras formas de transporte, para além do automóvel, e viverem este dia sem sentirem restrições à sua mobilidade.

Barreiras continuam a dificultar vida aos deficientes

A delegação distrital de Castelo Branco da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) aproveitou o dia para “recordar às pessoas que as barreiras arquitectónicas ainda persistem” para os cidadãos com deficiência, explica Emília Leitão, vice-presidente daquela delegação.
No entender desta responsável, em todos os concelhos do distrito de Castelo Branco, existem problemas de acessibilidades a pessoas com deficiência, embora as autarquias já estejam mais sensibilizadas para o problema. Porém, diz, ainda há muito para alterar.
Segundo a APD, não faltam na cidade da Covilhã (onde está sediada a delegação da APD) exemplos de barreiras arquitectónicas que impedem uma fácil mobilidade de pessoas com deficiência motora. A APD fez um levantamento de 25 locais, onde recomenda a construção de rampas de acesso na via pública. Entre as zonas elencadas, destaca-se a inexistência de rampas no passeio de acesso ao posto dos Correios, Teatro-Cine, Jardim Público e Igreja de Nossa Senhora da Conceição, bem como no passeio de acesso ao edifício das Juntas de Freguesia da Covilhã.