António Seguro
vem de Beja para estudar Engenharia Aeronáutica
na Covilhã. A convicção parece não
estar só presente no sobrenome deste alentejano,
a julgar pela forma como queria esta licenciatura em particular.
O António concorreu “quase em exclusivo para
este curso e para a Covilhã”.
Com uma boa média, e exames específicos
a correrem da melhor forma, a entrada na UBI estava quase
certa. Na passada semana, a divulgação dos
resultados de acesso ao superior vieram a confirmar a
boas expectativas deste jovem de 18 anos.
Rumou à Covilhã, como tantos outros, para
efectivar a sua matrícula na Universidade, mas
também para procurar casa. Este ponto foi tratado
depois de todo o processo de inscrição.
Junto à banca da Associação Académica
da Universidade da Beira Interior (AAUBI), na zona das
matrículas existe uma grande base de dados onde
os novos alunos podem consultar as ofertas de habitação,
a localização das casas e o preço
que está a ser pedido pelos proprietários.
A este aspecto, António e muitos outros estudantes
parecem ter dado destaque. Para o jovem “o factor
que mais foi tido em conta na casa escolhida foi o da
proximidade ao pólo onde vou estudar”. A
primeira casa que visitou “foi aquela que escolheu”,
refere Maria do Céu Santos, mãe do estudante.
Mesmo assim, “andámos a ver outras habitações,
mas depois o preço e a proximidade acabaram por
pesar na escolha da primeira”. Este golpe de sorte
leva António Seguro a dizer que “a cidade
parece oferecer instalações adequadas, mesmo
assim, tem de ser procurar um pouco”. Optou por
alugar um quarto num apartamento que vai dividir com outros
estudantes. Uma opção seguida pela maior
parte dos alunos. As contas são divididas e o alojamento
sai mais barato.
A Covilhã recebe cerca de 5 mil alunos, dos quais
80 por cento são deslocados. A UBI oferece cerca
de 900 camas nas suas residências, tendo os restantes
alunos de procurar casas no mercado particular. A AAUBI
refere que “a situação do alojamento
na Covilhã tem vindo a melhorar”. Bruno Guedes,
um dos membros da academia aponta medidas que esta associação
tem implementado para dar algumas informações
vantajosas aos alunos. A criação de uma
base de dados com a localização das casas
ou quartos, a sua tipologia, o preço e o proprietário
“pretende conferir uma primeira ideia sobre o alojamento”.
Outra das medidas que a academia está a pensar
implementar para este ano “é uma selecção
das habitações que constam na nossa base
de dados”. Isto é “vamos tentar criar
uma pontuação para as habitações,
tendo em conta vários factores”. Segundo
os responsáveis pela AAUBI, factores como “o
preço, a idade das casas e a localização”
vão ter um peso importante nesta seriação.
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