Foi um “dia de festa para a vila e para o concelho”, sublinhou Carlos Pinto. O social-democrata que preside à autarquia covilhanense lembrou que a entrega destas habitações marca o culminar de um objectivo que já vinha desde 1993. Pinto adiantou que desde essa altura se propôs a construir 600 fogos de habitação social no concelho e com a entrega das 148 habitações no Bairro do Cabeço, “essa fasquia foi alcançada”.
Por entre os novos moradores que esperavam com alguma ansiedade a chave das suas novas moradias, o presidente da câmara não se escusou a prolongar o discurso de inauguração.
Durante mais de 20 minutos o autarca explicou todas as polémicas que envolveram a construção e o licenciamento destas habitações. O Sport Tortosendo e Benfica e sobretudo o Partido Socialista local foram os dois visados no discurso do edil. Segundo este “foram alguns tortosendenses que não se devem considerar como tal, que empataram todo este processo”. Na óptica de Pinto, “os socialistas têm sido uns empatas”.
Mesmo assim, depois de resolvida toda a questão relativa à posse dos terrenos, que o Tortosendo e Benfica reclamava como sua, a autarquia está, de novo, noutro processo. Desta vez é o Ministério das Finanças que não aprova o pagamento da segunda fase e respectiva conclusão das obras. O pagamento da quantia em causa deve ser feito ao Instituto Nacional de Habitação (INH) e este organismo pagar posteriormente à Somague, empresa construtora dos blocos habitacionais.
Contudo, a assinatura do despacho do Ministério das Finanças ainda não está no papel e o INH não paga as habitações. Pinto diz que isso é mera burocracia e que “o importante é entregar as casas”. A novela parece agora estar a chegar ao fim, mas o último episódio ainda está por exibir. |