Delinear as novas necessidades dos motores de busca é um dos pontos fortes desta tese
Mestrado em Engenharia Informática
Novos motores de busca

As novidades que vão estar disponíveis a curto prazo nos tradicionais motores de busca da Internet foram apresentadas na UBI numa dissertação de mestrado que falou sobre as potencialidades deste tipo de programas informáticos.


Por Eduardo Alves


Quando se pesquisa qualquer assunto na Internet, a melhor forma de o fazer é utilizando os respectivos motores de busca. Em linguagem corrente, até para o mais recente cibernauta, este tipo de programas não são mais que “detectives” de códigos. Ricardo Nuno Taborda Campos, autor da tese de mestrado intitulada “Agrupamento Automático de Páginas Web utilizando Técnicas de Web Content Mining” explica que “quando o utilizador digita num motor de busca uma determinada palavra, o programa vai buscar aos seus registos todas as páginas que contenham aquela palavra”. Quanto maior for a capacidade de busca e armazenamento de referências de páginas, maior será a capacidade do motor de busca.
Contudo, “hoje é cada vez mais difícil encontrar informação correcta, de forma fácil e organizada devido ao crescente número de páginas”. Para tal o autor desta tese avança com o exemplo da palavra “Porto Alegre”. Um tradicional motor de busca apresenta “todas as entradas que tenham o registo Porto mais Alegre”. O que Ricardo Campos conseguiu com esta dissertação foi “um dos possíveis avanços dos motores de busca”. Isto é, “o método que se mostra neste estudo apresenta uma busca muito mais simples, rápida e fidedigna”. Tudo o que foi desenvolvido por este informático gira em torno de um motor de busca que mostra os resultados parciais e agrupados “como Porto cidade, ou clube, ou região” ou “alegre como estado de espírito, ou pessoa, ou lugar”. O utilizador vai depois escolher a designação que pretende e sucessivamente chegar a informações correctas e precisas sobre o assunto que tem em mente. Para o autor, “o futuro dos motores de busca passa por este tipo de solução”, uma vez que “hoje a informação resultante de uma pesquisa é em demasia e nem sempre a que se espera”.
Esta tese mereceu a aprovação por parte de um júri formado por José Gabriel Pereira Lopes, investigador principal da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e Gael Harry Dias, professor auxiliar da Universidade da Beira Interior.