No entender de António
Manuel Martins de Cruz, autor de uma dissertação
de mestrado sobre “Modelação Numérica
do Desempenho Térmico de Edifícios”,
a técnica de construção de casas
e os materiais empregues na mesma não são
os melhores para que os seus moradores desfrutem de todas
as condições de vida. Isto porque, no que
diz respeito ao aquecimento e arrefecimento das habitações
“ainda há muito a fazer”. Segundo este
engenheiro civil, “os materiais empregues na construção
de edifícios começam agora a melhorar”
daí que a energia utiliza no aquecimento dos mesmos
também comece a diminuir trazendo uma efectiva
redução de custos para os proprietários.
Mas o que esta tese de mestrado apresenta de novo “é
um programa informático que consegue medir as várias
variáveis que estão relacionadas com o conforto
das habitações e determinar a energia que
vai ser gasta no seu aquecimento ou arrefecimento”.
António da Cruz apresentou este novo software,
“não com o intuito de vendas, mas como justificação
e parte prática da tese”. Incluindo determinadas
variáveis que interferem nas condições
de habitabilidade dos edifícios, esta nova ferramenta
pode apontar qual a melhor solução para
aquecer uma casa durante o Inverno. A melhor solução
“é também a mais económica”.
Outro dos factores que o autor fez questão de frisar
na sua tese tem em conta a “pouca utilização
de energias renováveis nos edifícios portugueses”.
A percentagem de habitações que recorre
a painéis solares para captar energia é
ainda “residual”. Mesmo assim, o autor desta
tese vê com bons olhos as mais recentes medidas
do Governo que vão no sentido de “obrigar
os construtores e não os futuros proprietários,
a colocar painéis solares nas construções”.
Luís Carlos Carrilho Gonçalves, professor
associado da Universidade da Beira Interior, António
Carlos Mendes, professor associado da Universidade da
Beira Interior, Edgar Caetano Fernandes, professor auxiliar
do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica
de Lisboa e Pedro Nuno Dinho Pinto da Silva, professor
auxiliar da Universidade da Beira Interior formaram o
júri que aprovou esta dissertação
de mestrado.
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