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As primeiras pedaladas deram-se no sábado, 10 de
Setembro, logo pela manhã. Os covilhanenses, ainda
pouco habituados a estas acrobacias de descer escadas
íngremes em bicicleta e percorrer as estreitas
e sinuosas ruas do centro histórico a alta velocidade,
mostraram-se algo surpreendidos com estas actuações.
Mas isso passou tão depressa como os treinos dos
96 participantes no “I Downtown da Covilhã”
organizado pela associação Estrela Radical.
Na tarde de sábado, os muitos curiosos e amantes
da modalidade juntaram-se em vários pontos do circuito,
sobretudo os que requeriam maior perícia dos participantes,
como as escadas junto às “Ramolas do Sol”,
junto à Associação Académica
da Universidade da Beira Interior e sobretudo, junto ao
Largo da Infantaria XXI, onde terminavam o percurso de
mil e 300 metros.
Saltos, descidas alucinantes e travagens feitas no limite
levaram a que o estacionamento do Estádio Municipal
Santos Pinto fosse ligado ao Largo da Infantaria XXI em
apenas 2 minutos, 24 segundos e 24 centésimas.
Um recorde de prova que ficou com Emanuel Pombo. Um jovem
de apenas 18 anos que veio da Madeira até à
Covilhã arrebatar o primeiro lugar desta primeira
edição do “Downtown Covilhã”.
Ainda ofegante, Emanuel Pombo referiu que “este
foi um circuito muito bem escolhido, com muita técnica
e com um apoio muito bom por parte do muito público
que assistiu à prova”. Este jovem que representou
já Portugal no campeonato europeu de BTT espera
voltar à “cidade neve” para mais eventos
desta natureza.
Quem parece ter opinião semelhante é José
Sousa. O campeão nacional da modalidade leva para
a Figueira da Foz um segundo lugar. Mesmo assim, Sousa
não vai triste, até porque “todos
os participantes nesta primeira edição estão
de parabéns”. José Sousa tinha já
corrido na Covilhã, onde se sagrou campeão
nacional de BTT em 2002, “mas numa prova de terra”.
Este atleta diz que “o melhor deste downtown foi
a capacidade da organização em trazer uma
prova destas para a cidade e mostrar às pessoas
o que é este desporto, uma mistura de técnica
e loucura”.
A organização do evento, a cargo da associação
de BTT “Estrela Radical” sublinha também
esta “mais valia” da Covilhã. Pedro
Rodrigues, da organização, refere que esta
prova “mereceu o apoio de várias entidades
da cidade e da região “ e reúne todas
as condições para vir a integrar um possível
circuito do campeonato nacional “que pode arrancar
já no próximo ano”. |