Segundo Vítor Pereira, as listas para as juntas de freguesia foram feitas num clima pouco democrático
Socialistas apresentam denúncias
Listas foram feitas
num clima de “chantagem e pressões”


O PS da Covilhã elaborou as listas de candidatos às autárquicas de 9 de Outubro “num clima de chantagem, de pressões psicológicas que a maioria PSD na Câmara criou no concelho”. A acusação foi feita por Vítor Pereira, presidente da concelhia socialista, na passada semana.


NC / Urbi et Orbi


“Há pessoas que estavam na nossa lista e nos vieram pedir desculpa porque a maioria PSD e os braços do PSD nas freguesias, quando se aperceberam que essas pessoas as integravam, pressionaram os familiares”, frisa Vítor Pereira. “Algumas pessoas receiam represálias e outras foram coagidas para não constar das listas”, continua. E especifica que tem conhecimento de casos de pessoas que pediram desculpa por recuarem, mas que tinham filhos ou familiares a trabalhar para a autarquia e lhes foi dito que poderiam vir a ter dificuldades.
“São casos concretos, casos reais. As listas foram trabalhadas neste ambiente de grande adversidade”, sublinha Vítor Pereira. Carlos Pinto, presidente da autarquia covilhanense e candidato ao terceiro mandato consecutivo, irónico, veio a público dizer que anda a coleccionar o que se vai dizendo e que conta responder a tudo na noite das eleições.
Para já Vítor Pereira sublinha que já conseguiu o que considera ser uma “primeira vitória”, o “ record ” de candidaturas, 26 em 31 freguesias. E acrescenta que enquanto o PS apoia duas candidaturas cujos cabeças de lista são independentes mas são compostas por gente do partido, o PSD apenas apresenta candidatura própria a 16 freguesias, porque os restantes são formações independentes.