No próximo
dia 9 de Outubro, os portugueses vão às
urnas para eleger os futuros presidentes de assembleia
e câmara municipais e também, assembleias
e juntas de freguesia. O prazo de entrega das listas com
os nomes dos possíveis candidatos expirou na passada
semana. Todos os que esperavam concorrer a cargos políticos
de carácter local tiveram assim de apresentar as
suas propostas nos respectivos tribunais.
A Covilhã foi um dos municípios da Cova
da Beira onde surgiram mais surpresas. Para além
dos candidatos já conhecidos há algum tempo,
como era o caso do Partido Social-Democrata (PSD), do
Partido Socialista (PS), e do Partido Comunista Português
(PCP) surgiram também candidatos pelo Bloco de
Esquerda (BE), Partido Popular (CDS-PP) e Partido Popular
Monárquico (PPM). Desta forma, as próximas
autárquicas começam já a somar pontos
para o lado dos indecisos. Desde os tempos da Revolução
de Abril que não se assistia a uma “corrida”
eleitoral com um tão grande número de participantes.
Na semana de todas as decisões, os partidos menos
votados voltaram costas aos resultados que têm vindo
a obter e apresentaram listas próprias para a assembleia
e câmara municipal da cidade neve. Dia 9 de Outubro,
os covilhanenses vão poder eleger o futuro presidente
da câmara de entre um leque de seis possibilidades.
Carlos Pinto aposta na "competência
e trabalho" para a Covilhã
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PSD com algumas surpresas
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Esquecida que parece estar a polémica entre as
funções políticas do actual presidente
da Câmara Municipal da Covilhã, o social-democrata
Carlos Pinto, que já este ano passou algum tempo
como deputado da nação na Assembleia da
República, o partido laranja apostou forte no seu
cabeça de lista.
Pinto dirige os destinos da autarquia serrana vai para
oito anos seguidos. A estratégia adoptada para
este jogo democrático foi a da equipa vencedora.
Conhecidos que estão os nomes que compõem
a lista laranja à autarquia poucas mudanças
são visíveis.
Os sociais-democratas optaram por mudar pouco a sua lista
à assembleia municipal. A encabeçar os nomes
dos possíveis eleitos para este órgão
está, de novo, Carlos Abreu, as restantes mudanças
surgem com algumas modificações nas juntas
de freguesia.
Carlos Pinto avança como número um para
a câmara municipal levando em segundo lugar, e aqui
uma primeira surpresa, Alçada Rosa. O actual vice-presidente
tinha referido por várias vezes que o mandato que
terminar em Outubro próximo seria também
aquele que marcava o final da sua carreira política.
Ao que parece, os apelos do partido foram mais fortes
e Alçada Rosa mantêm-se ao lado de Pinto,
tal como Joaquim Matias, João Esgalhado e Luís
Barreiros. A actual vereadora da cultura, Maria do Rosário
Rocha vai deixar o elenco da vereação e
passar para a assembleia municipal, o primeiro nome novo
na lista de Pinto é o de Vitor Manuel Marques.
Este engenheiro da autarquia covilhanense vai em terceiro
lugar na lista social-democrata. Outro nome que aparece
pela primeira vez é o de Rui Paulo Rosa, presidente
do Grupo Desportivo da Mata. Rosa está em sétimo
lugar na lista laranja sendo já difícil
a sua eleição para vereador. A última
das novidades nesta lista que Pinto diz incluir “50
por cento de novos nomes” é José Flávio
Martins, comandante dos Bombeiros da Covilhã, que
aparece em nono lugar.
Carlos Pinto sublinha o facto “da lista ser composta
por pessoas de grande competência política,
que representam todo o concelho e que são uma renovação
necessária”. A concorrer sob o lema “Trabalho
e Competência”, o social-democrata espera
um resultado igual ou melhor ao alcançado há
quatro anos.
PS mostra-se como o rosto do optimismo |
Do lado dos socialistas, Vítor Pereira apresenta
uma equipa renovada |
È uma renovação quase total a que
foi operada pelo PS na Covilhã. Da equipa que concorreu
às autárquicas de 2001 apenas Miguel Nascimento
volta a estar presente. O único vereador da oposição
na Câmara da Covilhã aparece agora em segundo
lugar na lista encabeçada pelo deputado da Assembleia
da República, Vítor Pereira.
Pereira apresenta ainda José Serra dos Reis, ex-presidente
da Junta de Freguesia das Cortes do Meio e Telma Madaleno,
dirigente local da Quercus, na sua equipa à Câmara
Municipal da Covilhã. Catarina Ramos Mendes, António
Ranito e Hélio Fazendeiro ocupam o quinto, sexto
e sétimo lugares da lista de Pereira.
Para o deputado da Assembleia da República “esta
é melhor das equipas apresentadas pelo PS”.
Uma conclusão retirada dos nomes que compõem
as listas à câmara, às juntas de freguesia
e também à assembleia municipal.
Foi nesta última que surgiu, ainda assim, a grande
surpresa socialista. Depois do nome do Rui Moreira ter
sido avançado como cabeça de lista para
a assembleia municipal, o lugar vai ser ocupado por Sérgio
Saraiva. Segundo o PS, o ministro da Agricultura optou
pela não inclusão de nenhum secretário
de Estado e director regional que desempenham funções
ao abrigo daquele ministério, como é o caso
de Rui Moreira, director regional da DRABI. Assim sendo,
Sérgio Saraiva é o nome escolhido para a
assembleia municipal seguido por João Carlos Correia.
Para o cabeça de lista à Câmara da
Covilhã, “esta é uma luta difícil,
mas não impossível”. Vítor
Pereira acredita numa vitória conseguida em Outubro
próximo “numa clara demonstração
da Covilhã que não se revê na actual
equipa camarária”. Outro dos grandes trunfos
lançados pelo PS é o do número de
independentes e também “de mulheres, em lugares
elegíveis”. Duas novidades que Pereira junta
a esta “equipa capaz e abrangente” para conquistar
o “campeonato” das próximas autárquicas.
Jorge Fael aposta em novas ligações
para vingar as políticas comunistas
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PCP propõem-se servir a comunidade
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Aos 35 anos Jorge Fael lidera a lista dos comunistas
à Câmara da Covilhã. Actualmente a
assembleia municipal tem sido o seu “campo de jogo”
nas andanças políticas locais. Fael apresenta-se
também como o rosto da oposição,
apoiado pelos mais críticos às políticas
da actual equipa camarária.
A concorrer a várias freguesias do concelho, mais
uma do que nas autárquicas de 2001, o PCP demonstra
“que está de boa saúde e que tem equipa”.
Fael apresenta para a câmara Marco Gabriel, em segundo
lugar. No terceiro posto está António Matos,
professor universitário da UBI, Mariana Morais,
Neves Dias, Mónica Sardinha e Aniceto Rodrigues,
ocupam os restantes lugares.
No que respeita à assembleia municipal, os comunistas
avançam com o nome de Carlos Gil que terá
como número dois Jorge Fael. O número de
jovens e de mulheres nas listas do PCP lideradas por Fael,
são as duas maiores apostas dos comunistas. Outros
dos trunfos que tem sido lançado pelos representantes
do PC tem sido o “da oposição”.
Um forte trabalho reivindicativo “feito ao longo
de quatro anos na assembleia municipal” parece estar
agora na mó de cima para o PCP. Fael acaba por
dizer que os eleitos pelo PCP “estão dispostos
a servir o concelho, tal como fizeram no passado, no presente
e é isso que procurarão fazer no futuro”.
Os mais pequenos da esquerda à direita |
Os partidos com menos número de eleitores
também preparam a corrida à câmara |
A única mulher a concorrer como cabeça
de lista à Câmara da Covilhã é
candidata pelo Bloco de Esquerda. Ana Monteiro é
uma professora de Filosofia que por mais teorias que conheça
não consegue encontrar ligação correcta
com as políticas operadas pela actual câmara
social-democrata. Aos 37 anos, esta docente espera conseguir
“mais democracia” num processo político
de proximidade, como é o das eleições
autárquicas.
Nesta equipa “menos visível” e que
estreia o Bloco de Esquerda das andanças autárquicas
covilhanenses Ana Monteiro conta com o apoio de Joaquim
Silva para a assembleia municipal e “outras tantas
pessoas” para a câmara.
De entre as razões de tal candidatura, Monteiro
refere uma necessidade “de reforço na ligação
entre os covilhanense e os seus políticos locais”
como também “uma mudança na política
do betão”, adoptada pela autarquia covilhanense,
nos últimos anos, segundo esta candidata.
Outro dos partidos a marcar uma das maiores surpresas
nesta corrida eleitoral foi o Partido Popular. Nuno Reis
é o candidato apresentado pelos democratas cristãos.
Com apenas 21 anos de idade, o estudante de Filosofia
espera também apresentar novas teorias no panorama
político local. Na sua lista à autarquia
covilhanense, Reis escolheu Marcos Teotónio Pereira
para segundo e Graça Castelo Branco para terceiro
lugar. Isilda Barata e João Garrett são
os elementos escolhidos para liderar a lista concorrente
à assembleia municipal. O nome do candidato à
câmara foi conhecido no último dia útil
de entrega das listas, já depois de Mota Campos,
responsável distrital pelo PP ter dito que não
haveria candidato à Câmara da Covilhã.
Ainda assim, depois de alguma reflexão, Nuno Reis
aceitou o desafio proposto pelo partido a apresenta-se
como o mais jovem candidato à autarquia serrana.
A última candidatura surge também no dia
limite da entrega das listas. O Partido Popular Monárquico
(PPM) surge com o nome de Ricardo Torrão para encabeçar
uma lista concorrente à Câmara da Covilhã.
Este gestor de seguros, espera agora contar com o apoio
dos monárquicos para levar as suas ideias políticas
a bom termo. Com 28 anos, este foi o candidato encontrado
para liderar a equipa do PPM que conta ainda com Nuno
Estrela e Daniel Bonina, entre outros.
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