“A nossa situação financeira é débil” devido a um passivo de 500 mil euros, mas “economicamente estamos muito bem, porque mantemos um activo imobilizados no valor de doze milhões e meio de euros”, sublinha Joaquim Gaspar, presidente da direcção da ACM da Beira Interior.
“Os problemas financeiros agudizaram-se quando em Março de 2004 o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) deixou de enviar as verbas destinadas à formação profissional”, refere Joaquim Gaspar.
Mas, de acordo com aquele responsável, “os problemas já vinham de trás”, devido à ausência de subsídios estatais para o funcionamento do Lar Residencial e do Centro de Apoio Ocupacional, que acolhem cerca de 40 deficientes. “Ao longo dos três anos de funcionamento os custos tem sido suportados integralmente pela instituição”, afirma Joaquim Gaspar. No entanto, a situação poderá ser alterada já a partir do último trimestre deste ano, na sequência de uma reunião realizada entre a direcção e o director do Centro Distrital de Segurança Social de Castelo Branco. Segundo Joaquim Gaspar, “o director da segurança social mostrou total abertura para subsidiar uma parte dos utilizadores daquelas valências”. A acontecer, sublinha que se trata de “uma boa ajuda” para resolver os problemas financeiros da instituição - ajuda a que se junta também a possibilidade da Câmara da Covilhã alugar numa primeira fase e adquirir, mais tarde, o inacabado pavilhão gimnodesportivo, cuja construção foi iniciada em 1997.
As dificuldades pelas quais passa a ACM da Beira Interior vão agravar-se a partir de Setembro com o encerramento do Colégio de Educação Especial por falta de alunos. |