A Guarda é, até ao momento, segundo os dados que reportam até 31 de Julho, o distrito mais afectado pelos incêndios florestais, com mais de nove mil hectares ardidos. Em Portugal Continental, nesse mesmo mês, mais de 52 mil hectares de floresta arderam, elevando para 68 mil 290 hectares a área destruída pelos incêndios nos primeiros sete meses de 2005. Os dados constam do último relatório da Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF), segundo o qual se registaram 20 mil e 61 focos de incêndio desde o início do ano, sete mil e 70 dos quais no mês de Julho.
Só no mês de Julho as chamas queimaram 52 mil 538 hectares, o pior mês de 2005. Em Junho tinham já ardido 9 mil 549 hectares e em Março 3 mil 979.
Desde o início de 2005 esta entidade já registou quatro mil 353 incêndios florestais e 15 mil e 708 fogachos. Relativamente a igual período do ano passado, a área ardida em 2005 diminui, visto que em 2004 a DGRF tinha registado 105 mil 161 hectares de área ardida no final de Julho. No final de 2004 tinham ardido 129 mil 539 hectares, um valor inferior ao de 2003, ano em que arderam 425 mil 726 hectares, apesar de em Julho de há dois anos os valores apontarem para 98 mil 533 hectares de área ardida.
Até dia 31 de Julho o distrito mais afectado foi o da Guarda (9 mil 713 hectares), seguido dos de Castelo Branco (9 mil 617 hectares) e Porto (7 mil 976 hectares). O maior número de incêndios florestais verificou-se nos distritos do Porto (759), Viseu (593) e Braga (549). Já quanto a fogachos destacam-se os distritos do Porto (3 mil 827), Aveiro (2 mil 226) e Braga (2 mil e 16).
Quanto à listagem de grandes incêndios (mais de 100 hectares ardidos) destaca-se o fogo que deflagrou a 19 de Julho em Loriga, Seia, distrito da Guarda, em que ficaram queimados 15 mil 837 hectares. Este incêndio acabou por alastrar aos concelhos da Covilhã e Fundão, distrito de Castelo Branco, e aos concelhos de Arganil, Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra.