O convite foi endereçado, segundo a organização, a 36 árbitros, mas, à “Cidade Neve”, nem metade se deslocou. Apenas 16 atenderam ao chamado e acharam por bem aproveitarem o “estágio de pré-época” patrocinado pela Comissão de Arbitragem da Liga.
O objectivo da concentração passou, sobretudo, por debater as mais recentes alterações às leis de jogo, mas também aferir da condição física dos juízes e da sua preparação teórica.
O ponto alto do estágio, porém, decorreu na sexta-feira, com uma conferência para a qual foram convidados alguns treinadores da Liga, como José Peseiro, Carlos Carvalhal, Luís Castro ou Fernando Chalana. Num clima de cordialidade, as duas partes discutiram os respectivos papeis no terreno de jogo e apelaram a uma maior compreensão entre treinador e árbitro já a partir da próxima época. A este propósito, o portuense Paulo Paraty avançou mesmo com a proposta de se criar uma carta de intenções que oriente, no futuro, a conduta de árbitros e treinadores. Um documento que ficará a cargo de Vítor Pereira (ex-árbitro internacional) e Luís Guilherme (Presidente da CA da Liga).
No final da iniciativa, Luís Guilherme fazia um balanço positivo. Em declarações ao diário desportivo “O Jogo”, o responsável máximo pela arbitragem nacional referia que este tipo de iniciativas contribuem para uma maior aproximação entre as partes e para que “haja cada vez menos críticas e desconfiança”. No entanto, defende, “não podemos ficar por aqui, e o diálogo tem que continuar”. |