Segundo a Agência Abreu, as vendas dos programas de férias estão iguais às do ano passado, com excepção das viagens mais baratas, que sentiram um ligeiro decréscimo. “As pessoas que tinham dinheiro continuam a tê-lo, talvez ainda mais. E quem tem possibilidades económicas continua a preferir viajar para fora de Portugal”, sublinha a Agência Abreu.
Brasil, Tunísia, Caraíbas e Ilhas Espanholas são os destinos turísticos mais requisitados pela população da cidade. De acordo com a Empresa Martins, outra agência de viagens da Covilhã, a relação entre a qualidade e o preço torna o estrangeiro mais acessível. “Fazer férias no nosso País não compensa. As pessoas preferem pagar um pouco mais, mas ter direito a um serviço de qualidade. Coisa que não conseguem encontrar, muitas das vezes, em Portugal”, explica Ana Sofia, agente de viagens da Empresa Martins.
Para Ana Sofia, o negócio das agências de viagens pode ser comparado ao mercado automóvel, no que respeita à compreensão da situação económica de Portugal. “Tal como se viu que foram os carros de gama mais alta que vingaram no comércio de automóveis, também nós aqui vemos que são as viagens mais caras que têm mais saída. Isto só pode significar uma coisa: os ricos estão cada vez mais ricos”, salienta.
Quem decide ficar por cá procura, sobretudo, a Madeira, os Açores, o Algarve e algumas praias do litoral Alentejano. São covilhanenses, geralmente com menos posses monetárias, e que procuram as agências de viagens, na maior parte das vezes, muito perto da altura das viagens, no sentido de aproveitarem as promoções oferecidas.