Desta
vez, os norte-americanos My Chemical Romance atingem
em definitivo o mercado europeu com este álbum
onde o pop, o funk e a tendência mais metaleira
se misturam num perfeita simbiose.
No vídeo «Helena», por exemplo, aquilo
que começa por ser um singelo começo de
um contratempo envergonhado rapidamente dispara para
o punk mais popularucho, até ao refrão
cantado por Gerard Way (vocalista), num choro a pedir
toda a misericórdia do bairro. Apresentados como
uma resposta digna aos avanços europeus de Funeral
for a Friend ou LostProphets, os My Chemical Romance
encostam-se definitivamente a nomes conterrâneos
como Thursday, Thrice, A.F.I., Strike Anywhere e, em
última instância, os Hot Water Music na
capacidade de criar canções a partir da
teoria musical punk. Os My Chemical Romance conseguiram
compactar num só disco toda uma energia procurada
por outros grupos. E fizeram-no da forma sábia
como só as bandas norte-americanas o sabem fazer.
O grupo não se acanha em repescar referências
melódicas do punk-rock mais californiano, assim
como apostam em coordenadas efectivamente metaleiras,
interligando emoções e explosões
de forma consentânea.