Um traçado com melhores
condições vai então permitir menos
tempo nas viagens para Lisboa
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“6 de
Setembro” defende
Novo traçado para
um comboio mais rápido
Depois de José
Sócrates inaugurar as obras da Linha da Beira Baixa,
o grupo “6 de Setembro” apela ao primeiro-ministro
para que, até 2007, as obras contemplem uma correcção
do traçado. É que, sem isso, o comboio não
será mais rápido.
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NC / Urbi et
Orbi
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É necessário
corrigir o traçado da Linha da Beira Baixa durante
as obras de modernização que vão decorrer
até 2007, para que seja possível aumentar
a velocidade do comboio e ganhar tempo. Ao contrário
do que aconteceu com a intervenção no eixo
Mouriscas – Castelo Branco, recentemente inaugurado,
onde numa extensão de 50 quilómetros não
se pode andar a mais de 80. O apelo é feito ao primeiro-ministro,
José Sócrates, pelo “6 de Setembro”,
o Grupo de Amigos desta linha de caminhos-de-ferro (ver
página 22).
A associação alerta para a “baixa performance
do projecto em termos de ganhos de tempo dos comboios”
e lamenta que depois de gastos 75 milhões de euros
se continue a demorar no Intercidades da capital de distrito
até Lisboa três horas e dez minutos, “como
nos anos 90”. E dão o exemplo do que aconteceu
com Sócrates, que veio inaugurar o troço,
há duas semanas, numa viagem de comboio que teve
essa duração.
O Grupo diz ainda que esperavam que na próxima fase,
a modernização de Castelo Branco à
Guarda, esta filosofia fosse alterada, o que não
estão a verificar. “Tudo o que está
previsto neste projecto não passa de uma cópia
do que foram as outras duas fases de obras na Linha da beira
Baixa, já concluídas, em que salvo poucas
excepções, não houve correcções
de traçado”, criticam.
Nos 178 quilómetros que faltam, até à
Guarda, será feita a renovação da via,
a reconversão de 12 estações e apeadeiros,
a supressão de 56 passagens de nível, a implementação
de um sistema automático de velocidade e a construção
de seis pontes. Na Carpinteira, Corjes, Zêzere, Maçaínhas,
Benespera e Sabugal.
“Como a esperança é a última
a morrer”, sublinha esta organização,
“temos fé que o engenheiro José Sócrates
consiga ainda que no troço a entrar em obras, de
Castelo Branco à Guarda – para o qual prometeu
verbas importantes – se aumentem as velocidades de
traçado, compatíveis com uma linha electrificada,
objectivo apenas conseguido se houver rectificação
do traçado da via”.
O “6 de Setembro” sublinha ainda que defendem
a linha “como um eixo insubstituível da rede
convencional portuguesa, mas modernizado em termos europeus
e não nacionais”. |
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