O GICC decidiu agora homenagear
um dos mais reputados escritores
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Homenagem a
Alçada Batista
Próxima peça
do Teatro das Beiras
A 61ª produção
da companhia parte de uma adaptação livre
de “Peregrinação Interior” e
“Pesca à Linha”, duas obras do escritor
covilhanense. A estreia está prevista para 30 de
Setembro.
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Ana R. Rodrigues
NC / Urbi et Orbi
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É com base nos
livros “Peregrinação Interior”
e “Pesca à Linha”, de António
Alçada Batista, que vai nascer a próxima produção
do Teatro das Beiras. Uma homenagem que a companhia quer
fazer ao escritor covilhanense. Os ensaios começam
a 16 de Agosto e a peça tem estreia marcada para
30 de Setembro. A informação foi adiantada
ao NC pelo director do grupo de teatro, Fernando Sena, no
último dia de exibição na cidade do
seu último trabalho, “Em Portugal vi eu já…”,
no passado sábado, 23.
Segundo este responsável o espectáculo em
que estão a trabalhar será dirigido por José
Carretas, que há um ano encenou “Crónicas”.
O texto é uma “adaptação livre”
das duas obras de Alçada Baptista, também
da autoria de Carretas. Se tudo correr como está
previsto, a peça vai ter a sua exploração
normal na sede do Gicc- Teatro das Beiras, na Travessa da
Trapa, durante Outubro. O Festival de Teatro da Covilhã,
organizado pela companhia, tem início logo depois,
a 13 de Novembro, onde a peça deverá também
subir ao palco.
Para já a companhia estará em digressão
por vários locais com as produções
mais recentes, como é o caso deste domingo, 31, pelas
21h30. O Teatro das Beiras estará com “Em Portugal
eu vi já…” na Barroca do Zêzere,
no âmbito da Semana Cultural das Terras do Xisto.
Enquanto esteve em cena na sede da companhia, num espaço
ao ar livre, entre 1 e 23 de Julho, o espectáculo
foi visto por pouco mais de 500 pessoas. Um número
que fica abaixo do esperado e que Fernando Sena explica
com a “relutância que as pessoas têm em
ver Gil Vicente”. Tendo o primeiro verso do “Triunfo
do Inferno” como mote, o encenador Gil Salgueiro Nave
fez uma viagem através de sete obras do autor quinhentista,
com excertos de cada uma delas.
Esta é a quinta vez que o Teatro das Beiras trabalha
sobre textos de Gil Vicente e, segundo Fernando Sena, a
receptividade dos alunos que têm assistido é
boa. E explica essa aversão à obra do dramaturgo
com a forma como é dado nas escolas. “Acho
que há que apostar na parte educacional, trazer os
alunos ao teatro e dar-lhes a conhecer a obra de Gil Vicente
representada, que foi para isso que foi escrita”,
defende o director. Nesse sentido, vai entrar em contacto
com o Conselho Executivo das escolas, à semelhança
do que tem acontecido com trabalhos anteriores. |
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