Um dos mais conhecidos escritores
portugueses foi estudado nesta tese de mestrado
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Mestrado em
Língua, Cultura Portuguesa e Didáctica
Os regionalismos de Aquilino
Um dos patrimónios
mais importantes de Portugal é cada vez menos estudado.
A questão dos regionalismos e dos dialectos próprios
de determinadas regiões é, por vezes, abordada
nas obras de escritores de renome, como Aquilino Ribeiro,
essas passagens foram agora estudadas numa tese de mestrado.
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Por Eduardo
Alves
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Começou por estudar
“O Caso da Aldeia” mas depressa a tese da autoria
de Graça Castelo-Branco se alargou a todo o território
português. Área essa abordada nas páginas
escritas por Aquilino Ribeiro e que integram a obra literária
deste escritor de renome.
A dissertação de mestrado dá pelo nome
de “Linguagem Regionalista e Linguagem Popular em
Aquilino Ribeiro” e “faz o levantamento dos
regionalismos, e da linguagem que a isso conduz, na obra
de Aquilino Ribeiro”. Este estudo na área da
língua portuguesa teve como objectivo principal “averiguar
se esta área da linguagem é assim tão
importante, se tem uma dimensão grande nos trabalhos
do escritor em apreço”.
Durante este trabalho académico, a autora utilizou
algumas ferramentas essenciais a um estudo desta natureza,
como dicionários e correctores ortográficos.
Uma forma de dar maior rigor a todo o processo. Isto porque,
as conclusões retiradas do estudo revelam que “não
existem tantos termos e expressões populares na obra
de Aquilino Ribeiro, como se poderia pensar”. Graça
Castelo-Branco aponta para a existência de algumas
expressões de índole popular e regional, mas
“analisando vocábulo a vocábulo, não
existem assim tantos”.
Ainda assim, a autora sublinha que nesta área “existiram
bons trabalhos que não foram concluídos, como
o Inquérito Linguístico Boléo, e o
que é facto é que não houve uma continuidade
desses estudos”. Segundo a autora desta tese, tal
facto “poderá levar ao desaparecimento de todo
um património linguístico nacional”.
O trabalho obteve classificação máxima
conferida por um júri composto por João Malaca
Casteleiro, professor catedrático da Faculdade de
Letras da Universidade de Lisboa, Maria Antonieta, professora
auxiliar da Universidade da Beira Interior e Margarida Correia
Ferreira, professora auxiliar da Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa. |
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