A um mês do início
da Liga de Honra, os jogadores do Covilhã continuam
a “queimar calorias” no Complexo Desportivo.
Plantel e equipa técnica já sabem o que
lhes calhou em sorte no sorteio do calendário,
e trabalham com afinco na preparação da
temporada, de modo a evitar sobressaltos precoces. O plantel
treina duas vezes ao dia, debaixo de um sol abrasador,
e sem folgas. E não é para menos. É
que, até à quarta jornada, a equipa às
ordens de João Salcedas vai ter pela frente dois
dos três emblemas que desceram da Superliga: o Moreirense,
na estreia do Complexo Desportivo na Liga de Honra , e
o Beira Mar, em Aveiro, um mês depois.
Um início, teoricamente, complicado para os serranos,
que à segunda jornada têm uma deslocação
ao terreno do candidato Varzim, mas que não assusta
o treinador. Salcedas lembra que a equipa terá
que jogar contra todos duas vezes e que, por isso, “é
indiferente contra quem se começa”. Porém,
ressalva, “arrancar contra os clubes mais fortes
até pode ser positivo, uma vez que os planteis
ainda estão numa fase pouco adiantada da preparação”.
Com um dos orçamentos mais baixos da divisão,
o objectivo do Covilhã é atingir a manutenção
o mais rápido possível. Tarefa este ano
dificultada pela decisão da Liga de Clubes de reduzir
o número de clubes nas duas competições
principais. Na Liga de Honra são seis (um terço)
as equipas que, no final, rumarão à II B.
Ainda assim, João Salcedas está bastante
optimista no cumprimento dos objectivos. O técnico
reconhece que seriam necessários mais dois jogadores
– um lateral esquerdo e um homem de características
ofensivas – mas acredita no plantel à sua
disposição: “trata-se de um conjunto
equilibrado, profissional, trabalhador e com potencial
para aspirar à permanência”, descreve.
Quanto ao estilo, o treinador também não
esconde o jogo. A equipa irá praticar um futebol
mais directo e cauteloso. As equipas da Liga de Honra
são bastante mais evoluídas que as da II
B, o que, explica “exige mais coesão em termos
defensivos e mais rapidez na saída para o ataque”.
Ou seja, teremos um Covilhã a jogar de forma semelhante
à de há dois anos, com João Cavaleiro
– que, enquanto jogador, teve a mesma “escola”
que Salcedas. O técnico vai avisando que esta não
será uma equipa de posse de bola, mas “guerreira,
trabalhadora, objectiva e, acima de tudo, realista”.
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