Rosalina da Conceição
dos Santos Mata constatou as aplicações
medicinais de uma planta com forte presença a norte
de Angola quando visitou uma clínica de leprosos
naquele país africano. Sem que existisse qualquer
estudo, de carácter científico a provar
a eficácia da dita planta, esta investigadora optou
por realizar esse trabalho.
A mais recente tese de doutoramento do ramo da química
apresentada na UBI é um trabalho inédito.
Pela primeira vez foi observada e estudada a “toxicidade
da Euphorbia Conspicua”. As populações
de Angola “extraem uma resina do caule da planta
e aplicam-na nas feridas”. Desta forma, a cicatrização
é feita de forma mais eficaz e rápida.
Nos testes realizados por Rosalina Mata, uma das principais
conclusões que foram encontradas aponta no sentido
disso mesmo. A toxicidade desta planta “faz com
que vários agentes patogénicos que podem
infectar as feridas expostas sejam mortos”. Daí
que a aplicação farmacológica deste
composto possa vir a ser uma realidade. “O que nos
interessava para o estudo eram as capacidades e as características
da planta, explica a autora. As possíveis utilizações
medicinais podem surgir depois de vários estudos
“que ainda não estão realizados”.
Esta tese obteve a aprovação por parte de
um júri composto por Carlos Diakanamwa, professor
titular da Faculdade de Ciências da Universidade
Agostinho Neto, Fernando Palma, professor associado da
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa,
Jesus Rodilla, professor associado da UBI, Ana Paula Esteves,
professora auxiliar da Universidade do Minho, Fernanda
da Conceição Domingues, professora auxiliar
da UBI e Mendonça, professor auxiliar da UBI.
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